Tchaka ‘Rainha das Festas’

Postado em 04 de junho de 2019

 

Prestes a comemorar 20 anos de carreira e milhares de eventos realizados, o advogado Valder Bastos conta como surgiu e difundiu a marca da Tchaka pelo país.

 

Quando pensamos em alguém que tem a cara de São Paulo, seja ela famosa ou anônima, do gueto ou da elite e associamos estas características a uma Drag Queen, de imediato lembramos de Tchaka – Rainha das Festas. Ela é hoje uma das figuras mais conhecidas da noite paulistana e ganhou vida no Réveillon de 2000, quando o então advogado Valder Bastos veio morar na capital com amigos, no bairro da Barra Funda.

 

Prestes a completar 20 anos de carreira profissionalmente, Tchaka já percorreu centenas de cidades espalhadas pelo Brasil levando a milhares de pessoas alegria, amor, comemorações com telegramas animados, chás de bebês, chás de lingeries, casamentos, entre outros, no release são mais de 5000 mil eventos. Ao longo desta trajetória, são muitos os motivos de orgulho que ela sempre cita em entrevistas, como por exemplo, a militância ativa, o amor de Valder à mamãe Dona Branca e ao marido Carlito, ao empreendedorismo em sua agência de animação de festas, aos amigos. Mas nem tudo na vida da Tchaka e claro de Valder, foram só sabores.

 

“A militância é nata em minha alma. Quando adolescente morava em Juazeiro, na Bahia, e estudava à tarde e teve um episódio que me marcou, literalmente. Fui espancada por 12 moleques que não permitiam que eu fosse afeminado. Tinha um amigo, o Salorrilton, que foi lá e bateu em todos eles (risos). Ali despertou meu espírito de luta para combater o racismo, machismo, violência doméstica e a homofobia. Quando fiz direito brigava lindamente com professores, alunos e o mundo (risos)”, explica Tchaka.

 

Durante ato político em 2013, Tchaka foi agredida verbalmente e com empurrões. “Fui agredida em um ato contra o Deputado Marco Feliciano, em 2013, na Av. Consolação, quando estava com Bill Santos, Bruna Maia, Gaby Amarantos e uma turma linda, indo para a Praça Rossevelt, onde teria show do cantor Crioulo. Na Consolação um grupo pró-Feliciano tentou invadir a manifestação e me agrediu com palavras e empurrões. Me enchi de uma energia que não sei de onde veio e juntos todos nós os colocamos para correrem e eu no salto altíssimo (risos), mas enfim conseguimos”.

 

Tchaka está sempre rodeada de celebridades, personalidades da música, da arte. Questionada uma vez em entrevista para uma revista feminina sobre se já havia ficado com alguma celebridade, ela disparou: ” vamos lá, quero deixar claro de uma vez por todas: ter ficado e transado com o ator Caio Castro não significa nada… até porque foi só nos meus sonhos (risos). A Tchaka ‘nunca’, eu disse nunca, ficou com ninguém, nem anônimo nem famoso, porque, por escolha minha, não a uso para fiz sexuais, sou BV (Boca Virgem). (risos) Mas se a pergunta fosse você ficaria com algum famoso a resposta seria???… (suspense) hahaha”.

 

A Rainha das Festas dedica-se atualmente, integralmente ao mês da Parada LGBTI em São Paulo, onde por mais um ano será a apresentadora oficial do evento. “Só para ter uma noção, durante o ano fizemos 13 reuniões para decidirmos o tema, qual linha seguirmos, quais discursos de enfrentamento, como vamos trabalhar. Vem novidades por aí”, finaliza a rainha das Festas. Serão uma série de eventos realizados, além de atendimento à imprensa, entrevistas e pautas.

 

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