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Elizabeth Savalla apresenta A.M.A.D.A.S em Suzano

Ela iniciou a carreira de atriz nas telinhas da TV Cultura em 1972 em “A Casa Fechada” e depois interpretou Malvina em “Gabriela” que lhe rendeu prêmios como atriz revelação e se tornou um dos seus maiores trabalhos. Em “Amor à Vida” como Márcia, a ex-chacrete que vendia hotdog nas ruas de São Paulo, Savalla consagrou a Tetê para-choque para-lama. Na última quinta-feira (3) a atriz esteve em Suzano para a reestreia do seu espetáculo A.M.A.D.A.S que conta a história de Regina Lúcia, uma mulher desapontada com seu corpo que descobre que o melhor da vida é se aceitar e dar valor as coisas que a faz feliz de verdade. A população lotou a Praça das Flores para prestigiar a grande atriz e estava nitidamente emocionada com o carinho do público. Veja algumas fotos:

 

Fotos: Eduardo Romano

 

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Valdir Sabiá e Rita Taboada

 

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O prefeito de Suzano Paulo Tokuzumi, Maria Tokuzumi e Elizabeth Savalla

 

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Leonice Ramos Ferreira, Elizabeth Savalla e Nilce Ramos Tokuzumi

 

 

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Savalla no palco da Praça das Flores

 

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Virada Cultural de São Paulo promete grandes novidades

Todo ano São Paulo recebe a Virada Cultural, que em 24h reúne atrações de música, teatro, gastronomia, dança e outras formas de arte em vários pontos diferentes da cidade. Em 2013, a virada vai acontecer nos dias 18 e 19 de maio e promete grandes novidades, como um novo aplicativo para o celular. Sim, a tecnologia também está a serviço do público da Virada Cultural de São Paulo. Isso porque os participantes do evento já podem baixar um aplicativo, desenvolvido com o apoio da Google, para ter acesso, dentre outras coisas, a programação do evento e a localização dos shows.

 

Outra dica bacana, é o “Chefs na Rua” que acontece no domingo (19), das 8h às 20h, na pista esquerda da Avenida São Luís. No total, serão 30 barracas com pratos que variam de R$ 5 a R$ 15.

 

Além os shows incríveis de nomes como Wnaderlea no Theatro Municipal de São Paulo e Gaby Amarantos que subirá ao palco Julio Prestes ao lado de Elza Soares.

 

Confira a programação completa no link http://viradacultural.prefeitura.sp.gov.br/programacao

 

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Festividades do 64º Aniversário de Suzano têm evento de artes plásticas

A Prefeitura de Suzano, por meio da Secretaria de Cultura, realiza durante a festa comemorativa do 64º Aniversário de Suzano a exposição de artes plásticas “Entre Amigos”. A iniciativa reúne recentes produções e obras representativas da região e capital paulista. A exposição incentiva o intercâmbio entre os protagonistas desta modalidade e promove o contato do público com a arte.

 

Nesta grande vitrine, 80 obras ganham vida na contemplação do suzanense que têm a oportunidade de apreciar trabalhos em vários estilos e técnicas, tais como escultura, fotografia, gravura, pirografia e pintura. Esta última, expressa no grafite, lápis de cor, aguarela, entre outras variantes artísticas.

 

A mostra terá em seu elenco 77 expositores especialmente convidados para esta realização da Secretaria de Cultura de Suzano, pasta administrada por Suami Paula de Azevedo. “As artes plásticas trazem nesta edição as mais variadas expressões em diversidade de manifestações e as leituras que os artistas fazem das coisas da vida, e dos lugares que se escolhe para viver”, comenta Azevedo.
Além de Suzano, estão representadas as cidades de Mogi das Cruzes, Itapevi, Mairiporã, São Caetano do Sul, Vargem Grande Paulista e Arujá.

 

A cerimônia de abertura da exposição “Entre Amigos” será dia 3 de abril no Salão de Exposições “Antonio Palomares”, no mezanino do Centro de Educação e Cultura “Francisco Carlos Moriconi” (rua Benjamin Constant 682, centro). A mostra conta com a curadoria de Pedro Neves e Policarpo José Ribeiro (Poli). O período de visitação é de 4 de abril a 3 de maio, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17 horas. A entrada é franca.

 

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Novo site do Cocoricó aposta em conteúdo e interatividade

Júlio e a turminha do paiol ganham um recanto especial na internet. Trata-se do novo site do Cocoricó (www.cocorico.com.br), que estará no ar a partir da próxima quarta-feira (20/2). “Ele está mais leve, colorido, intuitivo, enfim, mais infantil. Para criarmos, pensamos bastante no público-alvo da atração”, descreve Paulo Garcia, gerente de multimídia da FPA – TV Cultura. Mas as novidades vão além da estética. Como a proposta do site é reunir todas as informações sobre o Cocoricó, os internautas poderão acessar o histórico do programa e o perfil de todos os personagens que integram – ou que já integraram – o elenco. Em cada janela, há fotos, atividades e imagens para colocar no papel de parede do computador. Dá até para ganhar um autógrafo personalizado e instantâneo dos bonecos.

 

Na aba Paiol, o que mais chama a atenção são os vídeos. O espaço colocará à disposição da criançada todas as receitas da mini chef Rebeca Chamma, clipes famosos e séries especiais da atração.

 

Nesta nova configuração, o programa TV Cocoricó terá um espaço exclusivo, onde ficarão reunidos os episódios da atração, perfil dos convidados que passaram pelo paiol e vídeos dos bastidores das gravações. Outro destaque são as enquetes, que darão um tempero factual e interativo ao site. As crianças serão convidadas a responder diariamente perguntas relacionadas seja ao episódio do dia ou ao programa como um todo.

 

O novo espaço também é lugar de diversão. Na aba Joguinhos, há games e aplicativos como siga o ritmo, letras e números e jogo das palavras.

 

Foto: Jair Bertolucci

 

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Espetáculo Cabaret, com Claudia Raia volta para São Paulo

Sucesso absoluto em todas as cidades por onde passou e visto por mais de 170 mil pessoas, o musical Cabaret está de volta a São Paulo. Desde que estreou na capital paulista, em outubro de 2011, a montagem já passou ininterruptamente por Paulínia, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Ainda em agosto Cabaret retorna a Paulínia (9 a 12, no Theatro Municipal de Paulínia) e fará curta-temporada em Brasília (16 a 19, no Teatro Nacional). “Este definitivamente é o sucesso mais unânime da minha carreira. É bonito ver a resposta das pessoas, que muitas vezes nos procuram completamente emocionadas ao final das sessões”, afirma Claudia Raia, que estrela e produz o espetáculo.

 

A nova temporada tem início no dia 11 de janeiro.

 

 

Com duas indicações ao Prêmio Shell-SP (Melhor Ator Coadjuvante, Jarbas Homem de Mello, e Melhor Iluminação, Paulo Cesar Medeiros), a montagem, que traz Claudia Raia no papel da cantora Sally Bowles, tem versão brasileira de Miguel Falabella, direção de José Possi Neto e produção de Sandro Chaim, em parceria com a atriz.

 

Dias e horários:

Sexta-feira, às 21h30
Sábado, às 17h e 21h
Domingo, às 18h

Ingressos: de R$ 50,00 a R$ 200,00
Classificação: 14 anos
Lotação da casa: 606 lugares
Vendas:  http://www.ingressorapido.com.br/

 

 

 

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Em 2013, teatros de São Paulo receberão Bob Wilson, Marco Nanini e “Rei Leão”

O ano de 2012 foi marcado por visitas recorrentes de Bob Wilson a São Paulo. Ele trouxe à cidade a ópera “Macbeth”, de Verdi, e duas peças encenadas pela companhia alemã Berliner Ensemble, “Ópera de Três Vinténs” e “Lulu”.

 

O roteiro de espetáculos de 2013 prevê mais Bob Wilson na capital paulista. O diretor americano deve voltar à cidade para ensaiar uma produção brasileira com estreia programada para 2014. Mas não é só isso.

 

Na bagagem, trará mais uma parceria com a Berliner. As negociações ainda não foram concluídas, segundo o programador do Sesc, Sidnei Martins, mas “é bem possível” que a companhia fundada por Bertolt Brecht (1898-1956) estreie seus “Sonetos de Shakespeare” por aqui no segundo semestre.

 

 

MUSICAIS

 

Na seara dos musicais, a agenda paulistana também ganha volume. No lugar de “A Família Addams”, espetáculo com Marisa Orth no elenco, que migra para a capital fluminense, entra em cartaz no teatro Abril uma das maiores bilheterias da história da Broadway, “O Rei Leão”, que tem música de Elton John e Tim Rice.

 

O leãozinho Simba vai ter forte concorrência pela frente. A dupla Charles Möeller e Cláudio Botelho inicia projeto de residência no teatro GEO, para onde levará o musical “Milton Nascimento – Nada Será como Antes”.

 

Em fevereiro, também com assinatura da dupla, estreia no teatro Alfa a superprodução “O Mágico de Oz”.

 

Com orçamento de cerca de R$ 9 milhões, o espetáculo lança mão de 14 cenários e 300 peças de figurino.

 

Programa-se para conferir!

 

 

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Série sobre adolescentes de Cao Hamburger estreia na TV Cultura

Pedro & Bianca, que mostra o universo dos jovens em uma escola pública, com suas dúvidas e dilemas, começa a ser exibida no próximo domingo, dia 11 de novembro, às 14h30

 

 

Um novo programa sobre adolescentes, que tem entre seus criadores o diretor Cao Hamburger, estreia na TV Cultura no dia 11 de novembro (domingo), às 14h30. Pedro & Bianca leva em consideração toda a complexidade dessa fase e aborda com diversão e seriedade os diversos aspectos da juventude, especialmente aquela que estuda numa escola pública.

 

Os personagens principais, Pedro (Giovanni Gallo) e Bianca (Heslaine Vieira), são irmãos gêmeos. Bianca é negra e Pedro, branco. Pelo olhar dos dois, o público vai enxergar o mundo de quem vive essa realidade nessa fase da vida.

 

O programa, um projeto Escola 2.0, produzido pela TV Cultura em parceria com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo por meio da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, trata de situações universais com as quais todos podem se identificar, pois são dilemas e obstáculos típicos da adolescência.

 

A atração vai abordar diversos temas ao longo dos episódios, que têm 30 minutos de duração cada. Há temáticas que se referem ao dia a dia da própria escola, como, por exemplo, Relação do aluno com a escola; Primeiro dia de aula; Volta das Férias; Primeiros amigos econtatos; Relação com o professor; e Dificuldade no aprendizado.

 

 

 

Há também uma relação que se estabelece entre as matérias e a realidade, como o entendimento da física no cotidiano e a biologia nas formas de vida.

 

Pedro & Bianca aborda grandes temas próprios do universo e do comportamento do jovem como trabalho, puberdade, sexo, drogas, cigarro, bebida, namoro, separação, ciúmes, paquera, novas amizades, desafetos e desentendimento, dificuldade de aprender, dificuldades em casa, gravidez, esporte, música, ídolos, consumo, dinheiro, status e bullying.

 

A série é gravada numa escola de verdade, próxima ao Instituto Butantan, mesmo local em que, nos anos 1930 e por quase três décadas, funcionou o Grupo Escolar Rural de Butantã. É na E. E. Alberto Torres que os irmãos cursam o 1º ano do Ensino Médio e vivem suas principais experiências.

 

Pedro & Bianca também se passa na casa em que os protagonistas moram com os pais – Zuzu e Edison, interpretados por Gorete Milagres e Thogun Teixeira – e em diversos outros lugares da cidade de São Paulo.

 

O projeto Pedro & Bianca, cuja produção ficou a cargo da produtora Coração da Selva, conta com 150 atores no elenco e mais de 2 mil figurantes.
A série tem 46 episódios de 30 minutos cada e cinco programas de auditório em que são discutidas a fundo as questões levantadas pela atração, além de um making of.

 

Fotos: Divulgação

 

 

Lucélia Santos é entrevistada no Provocações

Nesta terça-feira (6/11), a eterna “Escrava Isaura” fala sobre a repercussão do seu trabalho no Oriente e sua carreira como atriz. No ar às 23h.

Apresentado por Antônio Abujamra, o Provocações recebe nesta terça-feira (6/11) a atriz Lucélia Santos. O programa vai ao ar a partir das 23h, na TV Cultura.

 

 

Nascida em São Bernardo (São Paulo) e filha de operários, a vida preparou um destino provocativo para essa mulher.Em plena Revolução Cultural de Mao Tse Tung, na China, ela conseguiu invadir o país com sua personagem, a Escrava Isaura.  “É um mistério absoluto, uma coisa inacreditável. Eu que vivi tudo isso, é tão interessante, é tão forte, que eu não acredito que isso tudo aconteceu, é como se fosse num plano de sonho, num plano irreal”, comenta.

 

 

A artista acredita que a questão do anseio por liberdade foi o fator que  fez a novela ser um sucesso tão grande num país que até então estava culturalmente fechado para o mundo: “[A Escrava Isaura] é sobre a liberdade.  Era o anseio inconsciente do povo chinês quando a novela bateu lá, assim como em toda a Europa do Leste e assim como no mundo inteiro. Apesar de ser um romance ingênuo, fala do amor, da libertação e do direito à própria vida”, argumenta

 

 

 

Lucélia, que atua desde os 14 anos, revela que a novela lhe rendeu uma parceria com a China, da qual saíram alguns documentários e um longa-metragem, Destino, que não foi muito bem recebido pela crítica no Brasil: “Eu percebi que o filme ficava um pouco no meio do caminho entre as culturas. Ele não era feito especialmente para o gosto chinês e nem especialmente para o gosto brasileiro. Isso é um problema do filme e eu tenho que lidar com ele.”

 

 

Budista, seguindo a linha tibetana de Dalai Lama, a atriz afirma que lidou de forma pacífica com a postura dos críticos, que a vaiaram e foram bastante agressivos durante a exibição do filme no Festival de Paulínia.

 

 

O Provocações será reapresentado no domingo (11/11), às 21h.

 

Fotos:  Jair Magri

 

 

Entrevista com Suami Paula de Azevedo

 

É formado em direito (PUC-SP/UBC), letras (Bacharelado – Sorbonne/França e Licenciatura – USP), e pedagogia, (FCLRP). Possui os seguintes títulos acadêmicos: Mestrado e Diploma de Doutorado, em Linguística (Sorbonne) e outro Mestrado em Semiótica (UBC). Autor dos livros “Suzano Estrada Real”, “O Povo Mirambava” e “Retratos de Suzano”, “Páginas e Paisagens”, “Escapando das Brumas da Manhã”, “Pelo Caminho com o Vento” e “Palavras à Poesia”/“Sobre a Pele” e “Aprendiz de Encantamento” (pré-lançamento). Na área de educação: “Ética Profissional no Magistério” / “Legislação para Educadores”, e “Gerar Educação”. Em Estudos Literários – “Rigorosa Arquitetura” (França, Brasil e Portugal). Em Semiótica – “Estudos Semióticos” e “Questões de Política Cultural”. Com edições restritas ele tem – “História de Ferraz de Vasconcelos”, “A Santa Casa de Misericórdia de Suzano”, “A Gestão Educacional – do Sistema à Sala de Aula” e “Breve Cronologia da Literatura Brasileira”. Nos anos 70 teve que deixar o Brasil por combater a ditadura militar. Casou-se com a Cristiane Domschke e foram para a Europa (França).

 

Como surgiu a ideia do livro Questões de Políticas Culturais?

Suami Paula de Azevedo – Quem trabalha na área de Cultura, faz curso para saber sobre políticas públicas e gestão da área. Fiz esse curso, que propus aqui para a Secretaria de Estado da Cultura. No Governo Montoro, que foi meu professor na PUC, fui chamado para dar esse curso no estado (1983). De lá aqui desenvolvi ideias a respeito em cursos e palestras. Em 1977, quando voltei ao Brasil, ajudei a estruturar a Biblioteca Municipal de Suzano (que não havia) na primeira administração de Estevam Galvão. Estabeleci alguns planos na área. Reuni responsáveis por cultura da região, da Grande São Paulo, e de várias partes do estado, em Suzano (o atual prefeito de Ribeirão Pires, Clovis Volpi, participou). Intercambiávamos ações. Até que o secretário de Estado (Max Feffer) me chamou para fazermos algo em conjunto. Mas tive de deixar a prefeitura por razões econômicas, lecionava em faculdades, já tinha um filho (Rodrigo) e ia receber uma nova filha (Juliana). Algo disso está reunido neste livro. Também porque ainda se discute a razão da ação cultural não resultar, o mesmo de há 40 anos. Ainda não se forma agentes culturais (gestores, animadores, produtores) e, principalmente, público. Sem isso não há políticas públicas consequentes, só se faz ações publicas “eventuais”, em cima de eventos, sem continuidade. E isso pode ser melhorado.

 

Como vê a cultura na cidade?

Suami – Suzano não foge à regra nacional. Nos últimos anos houve investimento em espaços e ações tópicas. Falta ainda em formação e em fatores de continuidade. Com o enorme empobrecimento da sociedade suzanense, com baixa formação e com um desemprego em nível da Espanha de hoje em crise, a demanda por ação cultural pode resultar somente nos produtos de consumo impostos pela indústria cultural, das mídias, que só cobra retorno em dinheiro. A nossa classe média nada cobra aqui, talvez sinta não ser ouvida, e vai a outros locais, São Paulo, Mogi etc. Há bem mais por fazer.

 

Porque a cultura ainda não tem o devido valor?

Suami – A ação cultural, especialmente a pública, muitas vezes é considerada um marketing para governantes. Ou ficam nos eventos de cultura pop ou é tida como coisa de elite ou coisa ideológica. Se começarmos a trabalhar desde a formação das crianças com as artes e a história estabeleceremos a base para a formação de futuros artistas e, principalmente, público, para as artes e as manifestações culturais em geral. E, claro, sem bons gestores a coisa quase sempre fica aquém do necessário ou até do esperado por alguns. Se isso não for ensinado, não será aprendido, não será assumido, não será demandado.

 

A Maçonaria foi um mistério durante décadas. Por quê?

Suami – A Maçonaria é uma Ordem muito antiga, desde os construtores de templo da Antiguidade e Ordens de Cavalaria Medievais. “maçom” vem do francês, significa pedreiro. Foi muito perseguida, veja-se a Inquisição, o Nazismo. Ela sempre lutou por três princípios, Liberdade, Igualdade e Fraternidade, para que os homens fossem livres, pudessem escolher, se sentissem iguais, sem preconceitos, com direitos e deveres, se solidarizassem, colaborassem como irmãos. Os autoritários não gostam disso. Precisou esconder-se. Mas hoje, não existem mais organizações secretas, a internet mostra tudo, a Maçonaria é apenas discreta. Por vezes há reuniões públicas em Loja.

 

Em Suzano são cerca de 120 maçons. Qual é a sua missão?

Suami – A Maçonaria é uma grande escola. Ela busca tornar a humanidade melhor. Os maçons reúnem-se para estudar, todos os assuntos, o que possa melhorar as condições ao ser humano. Ela estuda da astrologia à astronomia, da física à metafísica, a política como a diplomacia. Os locais onde se reúnem como no tempo dos aprendizes ou mestres construtores de templo são chamados de oficinas, as Lojas. No mundo os maçons atuam em diversas áreas, de modo discreto. Eles fizeram a independência americana, a Revolução Francesa. No Brasil os maçons lideraram a nossa independência, a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República. Os maçons são escolhidos entre homens que realizam na sociedade, que mostram querer saber mais e fazer mais. Assim, não importa o número, importa, sim, a qualidade da atitude deles.

 

Fale do Instituto Maçônico de Cultura “Acácia Dourada”.

Suami – Aqui, modestamente, maçons propuseram a constituição de uma instituição que pudesse atender situações de demanda nas áreas de cultura, educação, saúde, por exemplo. Esse posicionamento visa contribuir para melhorar as condições da gente da cidade que precisa, sob vários aspectos, de resultados concretos nessas áreas. A “Acácia” vai buscar recursos para as atividades que finalmente se propuser. E este livro “Questões de Política Cultural”, que agora cedemos os direitos autorais, tem na sua venda um meio para alcançar recursos na sua pretensão.

 

Como professor e diretor, acredita que a educação pode melhorar?

Suami – Tenho essa convicção. No sábado, 1º de setembro, a Escola Estadual Dr. Morato de Oliveira, que dirijo desde 1998, completa 50 anos de fundação, sendo criada como 3º Grupo Escolar de Suzano, na Vila Amorim. Ao assumir, já lecionava Gestão Educacional, tendo passado por todos os cargos de magistério da rede estadual, sabia que aquela era uma escola pública em situação precária, com pessoal em baixa autoestima, sem bons resultados, fisicamente frágil, pichada gravemente. Propus um projeto, nada radical e com o tempo fomos chegando a bons aproveitamentos dos alunos. Há dez anos ela tem os melhores resultados da cidade e do Alto Tietê. Só queria demonstrar que com uma boa gestão democrática participativa, uma boa equipe e uma liderança positiva, sob um projeto pedagógico objetivo e apoio da comunidade, qualquer escola pública pode chegar aos melhores resultados. Conseguimos. Foi reconhecido pelo Laboratório de Gestão Educacional, da UNICAMP, e exposto como estudo de caso num mestrado que desenvolvemos. Precisamos claro, preparar os gestores educacionais, os professores e funcionários, como de mais autonomia escolar: administrativa, financeira e pedagógica.

 

Fale dos seus livros.

Suami – Tenho orgulho de ter publicado os primeiros estudos históricos de Suzano. Nossa gente precisa saber dessa história. Tenho livros ainda inéditos em várias áreas, mas devagar, vou publicá-los. Para setembro gostaria de lançar meu livro de poesia mais arrojado, sofisticado e simples: “Aprendiz de Encantamento – 101 Olhares Poéticos”, para o qual ainda procuro patrocínio (apoio cultural). Será de alta qualidade gráfica, papel couchet, ilustrado pelo artista da fotografia Carlos Magno. Este espaço aqui já pode me ajudar muito. Tem gente que quer qualidade na região. Em outubro, se tudo correr bem publico um livro universitário, “Estudos Semióticos”, em homenagem ao falecido amigo e mestre semioticista brasileiro Cidmar Teodoro Pais. Se encontrar apoio gostaria de publicar um livro com crônicas desses 30 anos no DS.

 

E a Mirambava Editora? Qualquer um pode ter um livro editado por ela?

Suami – Exatamente, é uma editora de demanda. A pessoa contrata os nossos serviços e produzimos graficamente o livro para ela, com registro autoral, código de barras (ISBN), revisão etc. Ela será dona do seu livro, o que vender é inteiramente dela. Numa editora comum o autor cede os direitos e o que vender é da editora que define o que vai pagar ao autor. Estamos à disposição dos autores para qualquer pedido de orçamento (suamiazevedo@uol.com.br).

 

Qual o seu próximo projeto?

Suami – Tenho muitos projetos. Sempre fui cheio de sonhos, você sabe disso, e busco realizá-los. Já me aposentei da universidade e no ano que vem poderei me aposentar da educação básica. Como artista devo me dedicar mais à poesia, que me deu felicidades. Lembro de você presente quando recebi o 1º lugar do maior prêmio do Estado de São Paulo, o Mapa Cultural de Poesia em 1996. Quero escrever mais poemas. Quero gravar a minha leitura de poemas. Quero fazer mais palestras para todos os públicos. Enfim, gostaria também, claro, de contribuir e ver a minha Suzano revalorizada, que seu próximo prefeito investisse, especialmente, no conhecimento da história da cidade. Sem isso não se terá um povo que conheça, ame, respeite e preserve a cidade.

 

JOGO RÁPIDO


Um lugar

Suzano

Um filme

“Meia Noite em Paris”

Uma música

“Força Estranha”

Um momento

Nascimentos (filhos Rodrigo, na França, e Juliana, em Suzano)

Deus

Superioridade

Família

Fundamento

Uma mulher

Cristiane (esposa)

Um homem

Papai (José Ribamar de Azevedo)

 

Fotos: Eduardo Romano