O Campeão de Jiu-Jitsu Adilson Horse é o entrevistado deste domingo

Postado em 25 de maio de 2014

Ele acabou de conquistar o título de Campeão Paulista na I Etapa Circuito Aberto – Categoria Absoluto, pela Federação Paulista de Jiu-Jitsu e é amante dos esportes radiciais. Conheça um pouco mais de Adilson Horse.

Fotos: Eduardo Romano

Por que Horse?

Adilson – Começou na escola, em uma aula de inglês, todo mundo sabia que eu mexia com cavalos. Sempre montei. Gosto de cavalos desde criança e só falava nisso. Fazia passeios, competições, e assim surgiu o Horse, e acabou ficando, Adilson Horse, mas meu sobrenome é Franco.

Como foi a prática de esportes com cavalo?

Adilson – A prática do esporte veio a partir da minha família, que criava cavalos, e aperfeiçoando cada vez mais nas técnicas, como doma, passeia a dar aulas para pessoas, prova, balisa e tambor. Essa paixão pelos cavalos só aumentou.

Você praticou manobras radicais com moto: willing? Como foi?

Adilson – Sempre gostei de esportes radicais. O willing entrou na minha vida e passei a fazer shows com a moto. Durante muito tempo fiz isso. Sempre gostei de moto, carro, caminhão e cavalo.

Também passou pelo surf?

Adilson – Sim, em momentos que eu estava indo muito para a praia, pratiquei o Wakeboarding, onde a prancha é puxada pelo Jet Ski e o surf, mas essa foi uma fase bem curta. Pratiquei um pouco de cada.

Como esses esportes entraram na sua vida?

Adilson – Na minha adolescência, na escola eu não era tão desenvolvido, era magricelo, e comecei a fazer luta para ficar mais esperto, comecei pela capoeira e com ela fiquei mais ágil e flexível. Então passei a me dedicar mais aos esportes.

Passou também pelo boxe, capoeira, caratê e taekwondo?

Adilson – Sim, pois eu queria um esporte que tivesse mais contato, entrei no caratê, porém, no caratê era um semi contato, não tinha parte de mão, soco, cabeça, porque o contato total, seria tudo, do soco a cabeça, até chute. Do caratê fui para o kickboxing. Fazia aula de boxe e kickboxing, que trabalha com pé e mão e diferencia muito do full contact, que possui ajoelhada e cotovelada. Depois fiz taekwondo, mas em relação ao kickboxing, percebi que faltava uma complementação para mim, que no caso, seria o jiu-jitsu. A luta começa em cima e termina no chão, mesmo sabendo dar porrada, dar chute, conhecendo toda técnica, ainda faltava um complemento que seria o chão, o judô também ajuda nesta etapa, quem faz jiu-jitsu tem que saber um pouco do judô, por que faz parte. No jiu-jitsu você vai para o solo, mas as quedas são de judô.

Como chegou ao MMA?

Adilson – O MMA nada mais é do que a união do boxe, kickboxing e o full contact, enfim, a junção de todas as lutas, atualmente faço o MMA, não direcionado ao jiu jitsu, mas ainda faço. Não prático o MMA com objetivo de ser profissional para campeonato, faço como hobbie para estar sempre apto em soco em cima, embaixo, chute, para não perder essa prática.

Acabou de ser Campeão Paulista na I Etapa Circuito Aberto – Categoria Absoluto, pela Federação Paulista de Jiu-Jitsu. Como chegou a este título?

Adilson – Primeiro veio o incentivo dos amigos da academia e como já fazia esportes radicais (mexer no cavalo você usa uma força meio bruta e eu gostava… rs), acabei aceitando o desafio, mesmo sem nunca ter pensado em disputar. No primeiro campeonato fiquei em primeiro lugar. No Absoluto, que são três etapas de 70 kg a 120 kg, fui campeão do ano. Na primeira etapa fui campeão do peso 70 kg a 120kg. Na faixa para lutar sem limite de peso eu consegui ser vice campeão.

Quais as dificuldades que encontra para praticar este esporte e ainda ganhar uma medalha??

Adilson – Todo e qualquer atleta precisa de um bom preparo físico, um condicionamento bom. Precisa de muita dedicação e força de vontade, além de apoio familiar e de amigos que apostam em você, incentivando tudo o que você for fazer na sua vida, desde o esporte a qualquer tipo de coisa.

Onde pretende chegar e quais são seus próximos objetivos?

Adilson – Represento a cidade, mesmo sem apoio. Cheguei a ser campeão paulista e vice no absoluto. Meu objetivo é chegar a ser campeão do ano pelas três etapas que se seguem nesse campeonato paulista.

Consegue patrocinadores para a prática desses esportes? Quem banca isso tudo?

Adilson – De fato não é fácil encontrar apoio para a prática de qualquer esporte. Os políticos e empresários deveriam olhar com mais carinho para o esporte. Tenho o apoio da academia Forma Atlética, que é onde eu treino. Faço natação, musculação e trabalho aeróbico. Também tenho o apoio da Taisso com os suplementos e Granja Ino.