Simão Pinheiro & Felipe são os entrevistados deste domingo

Postado em 24 de janeiro de 2016

A dupla suzanense começou a carreira cantando forró sob a influência dos pais. Há pouco mais de um ano resolveram investir no sertanejo universitário e conquistaram uma legião de fãs e hoje fazem pelo menos 15 shows por mês.

Fotos: Fernando Ross

Como surgiu a paixão pela música?

Simão Pinheiro – Meu pai sempre incentivou os dois.

Felipe – Quando eu tinha três anos meu pai perguntou o que eu queria para largar a chupeta e eu pedi uma sanfona. Toquei durante um tempo. Depois ganhei um teclado e fiz aulas

Simão – Eu pedi uma bicicleta… rs

Quando começaram a cantar?

Felipe – Com sete anos fiz meu primeiro show sozinho na festa da Igreja São Francisco. Tinha um repertório de sete músicas. Terminava e começava de novo as mesmas músicas.

Simão – Eu queria ser jogador de futebol. Ganhei uma bateria e troquei em um playstation. Ganhei um violão e também troquei. Ganhei guitarra. Todos em casa tocavam e cantavam, menos eu. Com 16 anos eu jogava como centroavante no Ecus de Suzano. Eu era gordinho e só comecei a me interessar pela música com 11 anos.

Então o Felipe cantava sozinho?

Felipe – Não gostava de cantar, mas de tocar. Minha mãe começou a cantar comigo.

Simão – Logo em seguida começamos a cantar juntos e surgiu a Banda Myna Som. Meu pai largou tudo e começamos a tocar na noite.

Qual o estilo que iniciaram?

Simão – Só tocávamos forró. Tínhamos os cabelos compridos. Cantamos na Festa Nordestina de Suzano em 2014 e no ano passado voltamos com o sertanejo.

Quem definiu quem seria a primeira e a segunda voz?

Simão – O Felipe faz a primeira voz. No forró nos dois fazíamos a primeira voz. Eu só tocava guitarra. Demorou três anos para eu começar a cantar. Só com 16 anos que comecei.

Felipe – Às vezes a gente quer inverter alguma coisa, mas fica difícil.

E como o sertanejo entrou na vida de você?

Simão – Eu estava na academia e conheci o André Rocha, que é nosso baixista hoje. Ele me ouviu conversando com um amigo e veio falar comigo. Me sugeriu para cantar sertanejo. Nós já pensávamos em tocar sertanejo, mas tinha toda a família envolvida na banda. Meu pai falava que a noite era complicada.

Fizeram aula de canto?

Simão – Nós estamos estudando. É preciso se aprimorar.

Felipe – Estamos na Escola Fama de Suzano.

Quem são os ídolos de vocês?

Simão – No forró a gente gostava muito do Garota Safada, que virou Wesley Safadão. O forró é nossa raiz e colocamos algo em nossos shows. No sertanejo tocamos Cristiano Araújo, Jad & Jadson. Gostamos de vários.

Felipe – Já tocávamos no forró algumas músicas do sertanejo.

Simão – A gente não se inspirou em ninguém. Gostamos de várias duplas. O Marcos & Belutti é muito bom.

Felipe – Cada um tem uma linha que segue.

Vocês compõem?

Simão – Fiz três músicas quando tocava forró. No sertanejo ainda não fiz nada.

Abriram show de algum grande artista?

Simão – No sertanejo ainda não. No forró abrimos o show dos Cavaleiros do Forró, no CTN em São Paulo.

Felipe – No forró temos três CD’s gravados e um DVD.

E essas tatuagens?

Felipe – Eu tenho três. (rs)

Simão – Tenho duas. Uma é o nome da minha filha.

Como estão os shows?

Simão – O Alê Lopes deu o primeiro show para nós. Começamos em agosto de 2014. Em dezembro já tínhamos 13 shows.

Felipe – Hoje fazemos no mínimo 15 shows por mês.

Vocês vivem da música?

Simão – Sim. Hoje nós vivemos somente da música.

Felipe – Nossa banda tem sete componentes e estamos na estrada.

Quem cuida do que?

Simão – Eu estudo mais o que as bandas estão tocando e corro atrás dos patrocínios.

Felipe – Eu cuido mais da estrutura da banda e de todo material digital que usamos nas redes sociais.

De onde veio a estrutura de vocês?

Simão – Vendemos tudo que a gente tinha do forró e começamos a comprar tudo novo. A gente se armou com um bom visual. Era uma boa estrutura para quem estava começando, com som e luz própria.

Felipe – Aos poucos fomos comprando mais coisas.

E o CD?

Simão – Ainda não começamos a gravar. Perdemos o carro da banda no final do ano passado e isso dificultou nosso projeto.

Felipe – A gente teve de recuar para pagar o conserto da Van.

Simão – Vamos gravar uma música inédita com clipe, para gravar.

Músicas inéditas ou regravações?

Simão – Inédita. Temos vários amigos que compõem. Recebi muito material bom.

Felipe – Tem bastante coisa boa. Tem também quem cobre caro por uma música. Ainda não escolhemos todas.

Simão – Queremos um estúdio legal para gravar.

O que vocês pretendem para o ano de 2016?

Simão – Queremos gravar. As pessoas estão cobrando. Queremos fazer um show para comemorar os dois anos da banda, em agosto.

Felipe – Queremos fazer em Suzano. O primeiro ano nós comemoramos em Itaquaquecetuba.

Vocês tocam muito em outras cidades. Quem consegue isso?

Simão – A gente mesmo. Tocamos em São Bernardo do Campo, Itapecerica da Serra, Sorocaba, Bauru, Vargem Grande.

Felipe – No começo era mais eu porque o Simão trabalhava.

Onde serão os próximos shows?

Felipe – Dia 27 estaremos no Hora Extra, em Suzano. Dia 29 no Riviera Café, em Sorocaba. Dia 30, no Estrada Mix, em Itapecerica da Serra. Dia 31 no Boteco da Villa, em Itaquaquecetuba.

Onde vocês querem chegar?

Simão – Queremos trabalhar sem pressa e conquistar a mídia.

Felipe – É o sonho de todo artista, ser reconhecido pelo seu trabalho.

JOGO RÁPIDO

Um lugar

Simão – Fortaleza

Felipe – Fortaleza

Um cheiro

Simão – Comida caseira

Felipe – Flor