Carlos Eduardo David é o entrevistado deste domingo

Postado em 03 de abril de 2016

 

Formado em Educação Física, atuou como personal trainer, formou-se em quiropraxia e hoje atua na Cidade do Leste, no Paraguai. Especializou-se no tratamento com ozônio, pouco difundido no Brasil.

 

Você se formou em Educação Física e logo em seguida começou a atuar como personal trainer?

Carlos Eduardo David, o Cacá – Foi isso mesmo. Atuei muitos anos como personal.

 

Quantas pós-graduações você fez?

Carlos – Foram oito pós-graduações no total, em Fisiologia do Exercício, Cinesiologia Aplicada, Biomecânica, trabalhei com toda parte de suplementação, nutrição esportiva, entre outras. Foi isso tudo que me deu a base e foi quando eu conheci a quiropraxia.

 

Como conheceu a quiropraxia?

Carlos – Foi através de quem trouxe a quiropraxia para o Brasil em 1963, o Dr. Manoel Matheus de Souza. Comecei a ler e fui atrás. Queria ter algo em mãos para complementar tudo que já havia estudado. E foi na Associação nacional de Quiropraxia que fiz esta especialização em São José do Rio Preto, junto com outras especializações, junto com a Faculdade de Ciências da Saúde, que fica na Vila Mariana.

 

Após isso você deixou a área fitness e passou a atuar em outra área?

Carlos – Eu deixei um pouco a área mais esportiva e comecei a aturar na área clínica.

 

Mas você quase não atuou em Suzano, mesmo sendo filho da cidade.

Carlos – Eu tentei por várias vezes, mas não tive espaço aqui. Já tenho 12 anos de formação em quiropraxia e nunca fiz um atendimento em Suzano. Atuei em Arujá, em Mogi das Cruzes e logo em seguida fui para São Paulo. Trabalhei em bons lugares por lá e logo em seguida fui convidado a fazer parte da Comissão da Associação Nacional de Quiropraxia – ANQ. Depois de dois anos fui eleito presidente da ANQ, mas como estava viajando muito para o Paraná tive de passar o cargo e fiquei como vice-presidente até hoje.

 

TESTA-Carlos-Eduardo-David-ok

 

E como foi parar no Paraguai?

Carlos – como eu já trabalhava em Cascavel foi fácil chegar na Cidade do Leste, no Paraguai com o meu trabalho. Lá fui trabalhar em uma clínica com dois médicos, um colombiano e um costarriquenho.

 

A técnica de quiropraxia desenvolvida no Brasil tem a mesma validade fora?

Carlos – O profissional de quiropraxia é reconhecido fora do Brasil. Aqui ele não tem reconhecimento. Isso que me incentivou a sair. Tive um convite de um amigo que se formou e foi para o Canadá e outro na Espanha. Foram meus amigos de turma. Optei pelo Paraguai por estar mais perto da família.

 

Os profissionais em quiropraxia formados lá fora tem mais valor?

Carlos – Não. A mantenedora da escola de formação em quiropraxia no Brasil é a Palmer College do Canadá. Nós temos um intercâmbio de professores. Não conseguimos até hoje montar um Conselho Regional de Quiropraxia. Temos associação, porque temos uma briga direta com a fisioterapia, que quer a quiropraxia para eles.

 

Mas não são técnicas distintas?

Carlos – Totalmente distintas. São escolas e graduações diferentes. A quiropraxia tem todo um trabalho manual e a fisioterapia já não faz isso. Como que um conselho regional de uma determinada graduação quer absorver uma outra graduação?

O Brasil é o único lugar no mundo em que o Conselho Regional de Fisioterapia é mais forte que o de Quiropraxia. Precisamos de quórum. Não temos quórum de profissionais graduados atuando no Brasil, porque todos vão embora. Hoje temos apenas 20 pós-graduados no Brasil e eu sou um deles. Desses 20, apenas 10 atuam no Brasil.

 

Foi no Paraguai que você conheceu a ozonioterapia?

Carlos – Sim foi no Paraguai. Enquanto atuava na área de quiropraxia conheci o ozônio. Hoje eu uso a ozonioterapia para agregar ao meu trabalho no Sora Spa, na Cidade do Leste, no Paraguai.

 

Mas o que te chamou a atenção nesta prática pouco difundida no Brasil?

Carlos – O que mais me chamou a atenção foram os benefícios que um elemento que não é farmacológico, que não é produzido dentro de um laboratório químico pode trazer para a vida do ser humano. É a mesma coisa que você brincar de Deus.

 

Como assim?

Carlos – O ozônio é um gás que tem três moléculas de oxigênio. O oxigênio é um O² e o Ozônio é um O³. É um gás potencializado em 0².A reprodução da célula é potencializada que dá a vida. O ser humano nasce e com o passar do tempo ele vai consumindo menos oxigênio. Nosso corpo vai perdendo a capacidade de oxigenar as células e elas morrem. Automaticamente, com a morte das células, você começa e envelhecer. O ozônio é o mais forte e mais potente bactericida que existe no mundo. Não existe nenhum tipo de bactéria que o ozônio não mate.

 

Carlos-Eduardo-David-ok

 

 

O que mata uma bactéria hoje?

Carlos – Os antibióticos e produtos químicos, com efeitos colaterais fortíssimos para o ser humano. Todos nós já temos o oxigênio dentro do corpo e quando aumentamos esta dose o próprio corpo se cura sozinho.

 

E o que o ozônio faz com os vírus?

Carlos–Ele não é um viricida. Ele não extermina o vírus, mas ele negativa os vírus.

 

E o HIV?

Carlos – Já existem estudos e comprovações que o ozônio negativa o HIV. A pessoa não deixa de ser um soro positivo, porém o vírus está negativado no corpo da pessoa, que pode morrer de velhice e não por um problema imunológico por causa do vírus.

 

Qual o tempo de estudos em ozonioterapia?

Carlos – Foi um ano e meio de estudos em Buenos Aires na Adelo – Associação Argentina de Ozonioterapia.

 

Mas como você usa o O³?

Carlos – De diversas formas. Pode ser usado em todos os segmentos relacionados a infecções, inflamações, e qualquer tipo de destruição tecidual.

 

E é aplicado como? De diferentes maneiras?

Carlos – Exatamente. São formas distintas. Pode ser aplicado em forma de gás, diretamente na pele ou músculo, até mesmo na ferida, através de uma agulha de insulina. Posso também ozonizar um soro simples e aplicar na veia. Esta é uma forma mais sistêmica, que abrange todo o corpo.

 

E para o tratamento de câncer? Também tem bons resultados?

Carlos – São duas situações distintas. Quando se tem acesso ao tumor, o gás é aplicado direto no tumor. Quando se tem a identificação de onde estão os tumores no câncer de mama, aplica-se o gás ao redor do tumor, associado ao soro.

 

E se já existe uma metástase?

Carlos – Então entra a segunda maneira de efetuar o tratamento. Neste caso o tratamento é diferenciado. Se faz o soro, a aplicação local e a aplicação intra retal (dentro do ânus). É a forma mais rápida e mais potente do organismo absorver o ozônio é através do intestino.

 

E como é feita esta aplicação intra retal?

Carlos – Através de uma sonda pequena, que é introduzida até o intestino grosso. Fazemos um litro por hora. Fazemos esta sonda por apenas 10 minutos. O alimento da célula do câncer é o gás carbônico. O sangue passa a ter muito gás carbônico e alimenta a célula cancerígena. O ozônio não é a cura para o câncer, mas ele não permite que a célula cancerígena consiga evoluir.

 

Está com algum caso em andamento?

Carlos – Estou com uma paciente com um tumor na mama. Ela já fez todas as aplicações de ozônio antes da cirurgia. Removeu o nódulo é impressionante a rapidez na cicatrização. Ela não teve contaminação nenhuma durante o pós-operatório. Faz 20 dias que fez a cirurgia e vai começar a quimioterapia. Como ela já vem se tratando com o ozônio o efeito colateral da químio será muito abrandado. Pode ser que nem caia cabelo e ela não sinta nenhum sintoma que a maioria das pessoas sentempós-químio. Isso ozônio faz. Ele não permite que seu corpo chegue ao baixo nível de imunidade que a quimioterapia expõe a pessoa.

 

Como funciona este tratamento com os diabéticos?

Carlos – Todos sabem que se o diabético se machucar dificilmente conseguirá a cicatrização. E por um problema de circulação acaba fazendo feridas também. Nestes casos utilizo uma pistola que projeta um jato de soro ozonizado, que vai limpar e tirar toda aquela camada e infecção. Depois esta pessoa é submetida a aplicação do gás ao redor da ferida e usa uma pomada ozonizada. De 30 a 60 dias a ferida estará totalmente seca e com os indícios da primeira camada de pele nova. Em 90 dias se consegue fechar uma ferida, que as vezes demora anos para se conseguir.

 

O ozônio também vem sendo usado na área estética com bons resultados?

Carlos – É um outro segmento que está ganhando o mercado muito rapidamente. Sim e o carro-chefe são todas as inflamações. Vamos falar de pele. Existe a celulite, a acne e alguns processos de estrias. O ozônio acaba com todo processo inflamatório. É aplicado com agulha de insulina ponto por ponto neste processo de inflamação. Ele é aplicado diretamente abaixo da acne. Em 12 horas todas estão secas e a pessoa já está preparada para fazer uma limpeza de pele.

 

E no caso das estrias?

Carlos – Por um processo de multiplicação de células, chamada de meiose e mitose, após a aplicação do ozônio ele acaba se recompondo. Se a estria que é vermelha e larga, fica clara e depois de algumas aplicações as paredes desta estria se fecham. Ela fica fininha e imperceptível.

 

E as rugas? Desaparecem?

Carlos – Tem efeito botox. Muitos pacientes pararam de usar o botox para usar ozônio. Existe uma renovação dessas células que dá o efeito de lifting. Existe um rejuvenescimento. Além de não existir mais as rugas profundas, as aplicações proporcionam a regeneração da segunda camada da pele, a hipoderme.

 

Mas é um tratamento mais longo?

Carlos – É mais longo, mas é rápido. Depois da segunda ou terceira aplicação já se vê um resultado. De quatro a cinco semanas pode se ver um excelente resultado.

 

O botox perde o efeito depois de seis meses. E a aplicação de ozônio?

Carlos – Essa é a pergunta mundial. O ozônio não é remédio. Não existe pico plasmático. Não existe um tempo de reação. Cada vez que o ozônio é aplicado no corpo ele estimula o organismo a melhorar a condição geral. As aplicações são feitas uma vez por semana ou a cada 15 dias, que é o tempo que o organismo necessita para absorver. Depois de dado o estímulo existe uma reação poderosíssima e muita coisa vai começar a reagir. Se você usou o ozônio dois anos atrás, isso não é perdido. Foi potencializado e uma nova aplicação irá reforçar esta potencialização. Isso não se perde. O corpo foi positivado.

 

Existe uma idade mínima para começar a usar o ozônio?

Carlos – Depende do que. Se for na parte estética teria sim uma idade mínima. Mas quando falamos de uma patologia não existe idade mínima.

 

E as gorduras localizadas?

Carlos – O ozônio é lipolítico (decomposição química de gorduras no organismo). O ozônio rompe a membrana que envolve a célula de gordura. Ele deve ser aplicado diretamente onde está a gordura localizada. É indolor. Sente-se apenas um inchaço.

 

E a carboxiterapia?

Carlos – A carboxiterapia dói porque ele oxida. É uma oxidação diferente. Ele não potencializa. É considerado um remédio. É uma substância que vai trazer um benefício durante o tempo de uso. O ozônio não é uma substância. Ele rompe as células de gordura. Essa célula se liquefaz e por um processo natural o organismo elimina.

 

Existe algum tipo de dieta para quem aplica o ozônio?

Carlos – O ozônio é um oxidante muito forte. Existe uma liberação grande de radicais livres após sua aplicação, que será preciso dispersá-los. É preciso ingerir muita água. Nosso corpo não produz vitamina C. É preciso consumir um número maior de vitamina C.

 

E o consumo de álcool para quem aplica ozônio?

Carlos – Não existe efeito colateral.

 

Existe efeito colateral?

Carlos – Existe sim. Um adulto não poderia usar teoricamente mais que um litro cúbico por aplicação. O único efeito colateral que uma pessoa pode sentir é uma tosse. A pessoa precisa expelir o gás em excesso de dentro dela e é através da tosse que pode durar no máximo três dias, mas isso é raro acontecer.

 

Desde quando se usa o ozônio?

Carlos – Foi desenvolvido na primeira guerra mundial (1914-1918). Começou na União Soviética. Desenvolveram o ozônio para tratar os soldados que estavam nos campos de batalha porque não tinham acesso a remédios para curar as pessoas. Na época a união Soviética e Cuba eram países amigos e este era um país miserável, pobre e não produzia nada. Cuba tem em média 30 hospitais em todo o país e desde então colocou o ozônio para tratar os pacientes. Hoje Cuba está muito mais à frente que o Brasil nos tratamentos, em função disso. E a Alemanha (ex-União Soviética) manteve este padrão de tratamento. Temos a Itália, Espanha, Argentina, Cuba, Suíça, Dinamarca entre outros países, num total de 17 países que usam o ozônio como um tratamento mais popular.

 

Como transformar o O² em O³?

Carlos– O processo é muito barato. É preciso usar o oxigênio puro – o medicinal, que passa por um reator (um tubo de vidro), onde é dado uma descarga elétrica. Este aparelho é desenvolvido dentro de laboratórios de física/química. No primeiro momento a molécula de O2 vira várias moléculas de O. Em outro momento é disparada outra corrente elétrica simples, chamada de corrente elétrica coronal e ela vai transformar as moléculas de O em O³. É muito simples e barato. O reator não tem mais que 30 cm.

 

Funciona também na auto-hemoterapia?

Carlos – Tira-se 5 ml de sangue, mistura-se com 5 ml de ozônio à 20%. Nesta hora entra a técnica. Esse sangue potencializado é aplicado no músculo e todos os anticorpos vão combater aquele sangue. A partir deste momento isso terá um efeito contrário. Você vai aumentar usa imunidade.

 

O ozônio não estraga?

Cacá – Se for deixado acima de uma temperatura de 18º ele perde o efeito. Ele tem de ser aplicado na hora de sua transformação. O tempo de vida do gás é curto. Ele é invendável. O aparelho fica ao lado da maca e vai sendo aplicado no momento da aplicação. A única coisa que não pode ser feita é a inalação do ozônio, porque o pulmão expulsa o gás carbônico e recolhe o oxigênio. O alvéolo é preparado para o O². Se uma pessoa inalar o O³ os alvéolos se rompem causando uma hemorragia. Porém os procedimentos são seguros. A sala fica com um cheiro diferente, mas não causa nada. Ele não pode ser inalado diretamente nas narinas.

 

E porque no Brasil ainda isto é pouco difundido?

Carlos–Não existe uma proibição no Brasil, mas é tratado como um procedimento experimental. Não é permitido fazer propaganda sobre a utilização do ozônio no Brasil.

 

Mas você aplica este tratamento no Brasil? Onde?

Carlos – Sim, na Clínica Yoshizumi, do Dr. Edson Yoshizumi, na Rua Dona Maria Dulce Nogueira Garcez, 79 (telefone 3814-9587), em Pinheiros, São Paulo, ao lado do Shopping Eldorado. A clínica é cadastrada e autorizada a trabalhar com estes procedimentos.

 

Porque o Brasil proíbe a proliferação do tratamento com ozônio?

Cacá – Puro lobby dos laboratórios. Já está sendo dito que daqui 20 anos teremos uma bactéria que antibiótico nenhum mais fará efeito. Na verdade, tem muito dinheiro envolvido nisso. Tanto o Ministério da Saúde como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa não querem que seja disseminado uma propaganda em torno deste assunto. No dia que o Brasil começar a usar isso como Cuba os problemas acabam.Para quem não sabe a ortomolecular usa o ozônio.

 

No Brasil não tem escola de formação nesta área?

Carlos – Não. Quem quiser estudar tem de ir para a Adelo, na Argentina. Cerca de 90% dos profissionais que trabalham com ozônio no Brasil são médicos.

 

E o PRP – Plasma Rico em Plaquetas?

Carlos – Isso virou modinha. É um tratamento serve para tratar a artrite, a artrose. Tem gente fazendo para rejuvenescer. Separa-se o plasma do sangue. Tira-se todo o vermelhinho (as hemácias) do sangue e fica só o branquinho, de quantidade ínfima, que é ozonizado. Ele é aplicado nos pontos onde tem rugas ou nos locais lesionados da articulação. Seriam as células madres, que tem afinidade com qualquer outro tipo de célula. Se aplicadas nas ruguinhas da testa, elas vão produzir as células que morreram e fizeram a marca na testa. Surge então o efeito lifting.

 

Custa caro este tratamento?

Carlos – No tratamento ortomolecular a aplicação gira em torno de R$800. No Brasil a aplicação do ozônio gira em torno de R$150 a R$200. Na parte clínica ele traz muitos benefícios e o custo é muito inferior a qualquer tratamento.

 

Pode ser aplicado toda semana?

Cacá – Pode. Depende da necessidade. Não existe um limite. Depois de aplicado uma vez, pode fazer apenas um soro com ozônio uma vez por mês. Ele não deixa você adoecer.

 

Você então se divide tanto na área estética como clínica, no Paraguai e no Brasil?

Carlos– Sim. Hoje eu fico dividido entre as duas áreas tanto lá como aqui. E só tenho horários para daqui três meses.

 

JOGO RÁPIDO

Um lugar

Minha casa

 

Um cheiro

Do mar

 

Uma cor

Azul

 

Um filme

Avatar

 

Um livro

O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec

 

Uma música

Love Generation, Bob Sinclar

 

Um momento

O nascimento do Enzo

 

Um homem

Artur David

 

Uma mulher

Irene Talarico David

 

Deus

Tudo que emana a vida

 

Algum comentário?
29/11/2024 05:34:02