O coronavírus levou Lucia Bosè

Postado em 23 de março de 2020

 

  • LUCIA BOSÈ • (1931 • 2020)

 

 

Ela venceu a mais memorável edição do concurso Miss Itália, a de 1947.

Conhecida por seus papéis em filmes de Antonioni, Buñuel e Fellini, a atriz faleceu hoje (23/03/2020) em Segóvia, na Espanha

 

 

  • Fotos (2013): Pablo Zamora

 

 

A atriz italiana Lucia Bosè, conhecida por seus papéis em filmes de Antonioni, Buñuel e Fellini, morreu nesta segunda-feira na Espanha aos 89 anos de idade, anunciou seu filho Miguel Bosè.

 

 

Tornada estrela no cinema, aconteceu na capa da revista ‘LIFE’, brilhou com ‘A Morte de Um Ciclista’ (Vencedor em Cannes), e casou-se com o icônico Luis Miguel Dominguín (1926-96), que chegou a possuir terras no Brasil.

 

 

Segundo vários meios de comunicação locais, ela morreu em Segóvia, cerca de 100 km ao norte de Madri, em decorrência de uma pneumonia.

 

Atriz e modelo, Lucia Bosè, nascida em Milão em 1931, foi Miss Itália em 1947.

 

 

 

Com menos de 20 anos, atuou em “Escândalo de Amor”, de Michelangelo Antonioni, um dos grandes mestres do neorrealismo italiano, com quem voltou a trabalhar em A Dama sem Camélias (1953).

 

 

O ano de 1955 foi um marco, com seus papéis em A morte de um ciclista, dirigido por Juan Antonio Bardem, e em Assim é a Aurora, de Luis Buñuel.

 

Mas foi a partir de 1954 na Espanha, sua pátria de adoção, onde a vida de Bosè resultaria numa das existências mais privilegiadas em experiências. Buñuel, Cocteau, Dalí, Hemingway, Picasso, Welles. Estariam pela vastidão de grandes nomes, na sua constante convivência.

 

 

 

Foi amiga de igual entidade incalculável, a nossa querida Lulu (Maria Lúcia), com a qual possui um especial episódio no Marrocos; e era mãe do astro Miguel Bosè (64), cuja história está para ser transformada em uma minissérie de superprodução. Ela perdeu a neta, a modelo Bimba Bosè (1975-2017); teve públicos atritos familiares; e ano passado, se envolveu em problemas com justiça, em um julgamento bastante difundido.

 

 

 

Personalidade peculiar, felizmente colaborou com suas memórias em cinco obras autobiográficas: ‘Poemas de Somosaguas’ (1972), ‘Diva, Divina’ (2003), ‘Picasso & Dominguín’ (2004), ‘Vita, Cinema, Luce’ (2008), e ‘Una Biografia’ (2019). E ainda, faz parte do estudo ‘La Voce Delle Donne: Le Sconosciute del Melodramma, da Galatea a Lucía Bosè’ (2018).

 

 

 

Apesar de tudo isto, esta partida me pegou de jeito, e ainda assim, há muito que dizer sobre Lucía Bosè. 💔

 

 

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