21ª Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil

Postado em 27 de setembro de 2019

 

Diante da ascensão dos nacionalismos e das disputas que moldam nosso tempo, a 21ª edição da Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil parte do tema “Comunidades Imaginadas” para privilegiar formas de vida, saberes e relações muitas vezes silenciadas.

 

Dentro desse universo, as questões raciais abordadas por artistas de diferentes países do mundo parecem nos lembrar das gigantescas diferenças, explorações e apagamentos históricos. Mas, também, da capacidade de resistir e imaginar outras formas de existência a esse cenário.

 

Esta reinvenção é nítida em obras como a do artista francês Emo de Medeiros e sua ressignificação das palavras; a do congolês George Senga, que traça um paralelo entre as disputas pelo território urbano de Lubumbashi (Congo) e da Praia Grande (São Paulo); a do artista do Benim Thierry Ossou, que revisita os escombros do Museu Nacional do Rio de Janeiro, marcado pela destruição do incêndio de setembro de 2018, e do Memorial Cemitério dos Pretos Novos, numa arqueologia de passados esquecidos e presentes reivindicados; a do artista paulista No Martins, que apresenta a série #JáBasta, inspirada pelas grandes campanhas nas redes sociais, atenta à violência policial contra jovens negras e negros nas periferias das grandes cidades brasileiras; em um trabalho inédito, a artista Rosana Paulino refaz os caminhos da memória e do afeto em uma videoinstalação convocando as mulheres da sua história para serem cuidadas e acarinhadas nesse diálogo que atravessa os séculos.

 

A 21ª Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil | Comunidades Imaginadas será realizada de 9 de outubro de 2019 a 2 de fevereiro de 2020, no Sesc 24 de maio, em São Paulo, reunindo mais de 60 obras, com 55 artistas de 28 países, entre vídeos, pinturas, fotografias e instalações. Juntos, a diretora artística Solange Farkas, o trio de curadores Gabriel Bogossian, Luisa Duarte e Miguel López e os membros do júri de seleção Alejandra Hernández Muñoz, Juliana Gontijo e Raphael Fonseca analisaram 2.280 inscrições, de 105 nacionalidades para selecionar obras advindas do Brasil, América Latina, África, Ásia, Oriente Médio e Oceania.

 

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