Dieta Low carb: como emagrecer rápido reduzindo consumo de carboidrato

Postado em 02 de junho de 2019

 

Emagrecer rápido: essa é a promessa da dieta low carb, que reduz, significativamente, o consumo de carboidrato. Existem inúmeros perfis em redes sociais de pessoas que são adeptas do estilo de vida. O objetivo é compartilhar experiências de sucesso no emagrecimento e dividir receitas, já que é um desafio compor um cardápio sem o macronutriente.

 

A maior parte da alimentação que existe contém carboidrato. Segundo especialistas não há nada de ruim diminuir um pouco do consumo do carboidrato, visto que quase 60% da nossa alimentação tem carboidrato. Então, acabar com o carboidrato é praticamente impossível. Por outro lado, tudo em excesso é ruim, não só os carboidratos.

 

O médico José Carlos Souto, presidente da Associação Brasileira Low Carb, explica como funciona a dieta. “Ela é caracterizada pelo consumo de comida de verdade – alimentos ricos do ponto de vista nutricional – com prioridade para vegetais de baixo amido, carnes (boi, porco, peixe, frango), frutas menos doces, oleaginosas, derivados do leite, gorduras boas. Evita-se ao máximo o consumo de alimentos industrializados e ultra processados“, diz.

 

A maior parte dos especialistas defende que é preciso equilibrar as fontes de energia a serem consumidas para quem quer perder peso. Diminuir carboidrato na alimentação é válido, mas é preciso balancear com outros nutrientes. Os adeptos do estilo de vida normalmente compensam com aumento do consumo de proteína e gordura.

 

Consequências

 

Se tudo que é exagerado pode fazer mal, a ausência do macronutriente causa prejuízos à saúde?

Tem pesquisas que mostram que o baixo consumo de carboidrato pode ser maléfico, mas para algumas pessoas, diabéticos e hipertensos que têm muito problema com obesidade, pode ser necessário. O baixo consumo pode variar entre 40 e 60% da alimentação normal. Por isso que é preciso dosar a dieta para cada um.

 

Pessoas com diabete tipo 2 que apresentam diminuição da produção de insulina, devem comer menos carboidrato: Isso possibilita uma melhora do controle glicêmico e uma diminuição do uso de medicamentos. Sabemos que no último ano, por exemplo, o gasto apenas com o tratamento medicamentoso da diabete nos Estados Unidos ultrapassa US$ 30 bilhões. Não é apenas uma questão de melhora do controle da diabete, mas de reduzir custos e poupar recursos em um sistema de saúde já limitado em termos de recursos financeiros.

 

De acordo com especialistas, hormônios, como os produzidos pela tireoide, podem ser influenciados pela dieta low carb. Mesmo quando a adesão à estratégia low carb não leva a perda de peso, esse tipo de dieta mostra-se associada a níveis mais baixos do hormônio T3 no sangue. Essa redução do T3 pode ser considerada uma evidência de que a restrição de carboidratos prejudica a função da tireoide. Mas a diminuição desse hormônio pode residir no fato que ele também é utilizado para metabolizar a glicose no sangue.

 

Deixar de consumir carboidrato parece impossível diante de tanta oferta de pães, bolachas, açúcares e industrializados em geral. Mas o endocrinologista Rodrigo Bomeny de Paulo faz algumas orientações:

 

– No início, é importante estabelecer pequenas metas (preferencialmente específicas) tais como: caminhar 20 minutos, mudar o café da manhã, dormir 1 hora mais cedo.

 

– Sempre que possível estabeleça um prazo e se comprometa com alguém. Isso evita a procrastinação.

 

– Comece pelo que lhe dá mais prazer. Um passo de cada vez. Às vezes, a mudança de apenas um hábito desencadeia uma mudança em série.

 

– Recaídas fazem parte do processo. O excesso de perfeccionismo – achar que não ocorrerão furos – é um forte inimigo da motivação.

 

– O acompanhamento multidisciplinar, com nutricionista, educador físico, psicólogo e médico, é um importante aliado para a mudança do estilo de vida.

 

Cardápio

 

As combinações para cardápio low carb são inúmeras, mas você pode começar seguindo as orientações no preparo dos seus alimentos:

 

– Cortar o açúcar: sem refrigerantes, doces, sucos ou sorvete.

 

– Eliminar grãos: pães, bolos, biscoitos, macarrão.

 

– Evitar raízes: em especial batatas.

 

– Investir em comida de verdade: alimentos de fontes naturais e minimamente industrializados.

 

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