Edgar Leite comemora 20 anos na Rede DS de Comunicação

Postado em 02 de novembro de 2014

 

O editor chefe do DS comemora nesta terça-feira, dia 4, 20 anos de trabalho no DS. É formado em Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC); Pós-graduado em Jornalismo Político e tem mestrado em Ciências Sociais Políticas pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP); além de curso de Extensão em Jornalismo e Políticas Públicas Sociais pela Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). Estudou por cinco anos no Conservatório de Música; fez Análise do Discurso (PUC-SP), História da Reportagem e Edição em Jornalismo Político, Jornalismo Econômico, entre outros.

 

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Porque escolheu o jornalismo?

Edgar – Por causa da leitura. Sempre foi um vício. Na infância ganhei, em três anos consecutivos, uma biblioteca inteira como prêmio por ser o mais assíduo ao local na escola que estudava. Com a leitura veio o desejo de escrever. Aos 13 anos disse ao meu pai, um advogado trabalhista: “Quero ser escritor!”. Ele brincava: “E para viver? Vai ser o quê?”. Na verdade, o sr. Samuel Elegancia queria que eu seguisse seus passos. Fosse um advogado. Mas segui meu sonho. Descobri que no jornalismo poderia fazer as duas coisas de que mais gosto: ler e escrever. No final, meu pai aprovou minha escolha e me incentivou.

 

Como chegou ao Diário de Suzano?
Edgar – Depois de ter passado pelo extinto jornal Diário de Itaquá, de setembro a outubro de 1994, em novembro daquele mesmo ano, meu amigo de infância – o competente fotógrafo Carlos Magno – me disse que o Diário de Suzano precisava de jornalistas. Após a insistência do Magno fiz entrevista com a Simone Leone (editora do DS na época) e fui aprovado. Até hoje tenho lembrança da minha primeira reportagem: venda de presentes no comércio de Suzano.

 

Quais foram suas primeiras funções no DS?
Edgar – De 4 de novembro (data que ingressei no jornal) até hoje passei por todas as editorias. Trabalhei nas antigas sucursais de Poá e Itaquá. Fiz esporte, cultura, política, cidades e região. Em maio de 1995 fui a Brasília como correspondente especial para entrevistar o então presidente Fernando Henrique Cardoso, que tinha acabado de assumir. Foi uma experiência incrível. E, em toda minha trajetória vivi muitas experiências na carreira, como usar disfarces para conseguir uma informação. Hoje, além do DS sou colaborador do Observatório da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br) e da Revista de Sociologia & Vida, da editora Scala.

 

Como foi assumir o posto de editor chefe do DS? Assumiu quando?
Edgar – Assumi em 2006. Foi uma grande responsabilidade e, ao mesmo tempo, um imenso desafio. O DS tem leitores exigentes e que sempre esperam mais. Mas pelo fato de estar no jornal desde 1994 já sabia como era a “engrenagem”, o funcionamento de todas as editorias. Mas, desde que ingressei no jornal tive muita ajuda dos colegas de profissão (Simone Leone, Marco Aurélio Sobreiro, entre outros amigos) e do diretor de Redação, Octavio Thadeu de Moraes, que confiou no meu trabalho.

 

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O que não pode faltar em um jornal impresso?
Edgar – Entre outras coisas estão:
a – Atualidade: o jornal precisa publicar o fato mais recente.
b- Ineditismo – Quando mais inédita for a notícia, melhor para o leitor.
c- Interesse público – Quanto mais pessoas a notícia atingir mais contente estaremos como o nosso trabalho.
d- Apelo – A notícia tem de despertar interesse do leitor.

 

Fale um pouco do seu livro?
Edgar – O livro “Quando a mídia vira escândalo: a cobertura dos casos Alceni Guerra e Ibsen Pinheiro (1991-1993)”, da Editora Multifoco, é resultado de três anos de pesquisa. O objetivo foi abrir uma discussão em torno do papel da mídia e ainda tomei a liberdade de, ao menos, ‘indicar’ alguns caminhos para a boa cobertura da mídia nos escândalos políticos (sem exageros, tentando buscar todos os lados).

 

O que ainda pretende como jornalista?
Edgar – Continuar cumprindo esse importante e magnífico ofício que é de informar. Vejo a notícia como um bem público e, por isso, todos têm direito à informação. A notícia é como um produto. Se ele tem boa qualidade não fará mal a ninguém. O que acontece quando compramos algo “vencido ou estragado” na prateleira de um supermercado? Vai nos fazer grande mal. Assim é a notícia. Se ela é de má qualidade trará grande poder destrutivo às pessoas inocentes envolvidas. É importante termos uma imprensa que deixa a população participar dela. Ainda profissionalmente tenho plano, talvez, de conciliar uma carreira de professor de jornalismo com editor do DS. Sãoapenas planos.

 

Depois de 20 anos de DS… valeu a pena?
Edgar – Muito. Valeu muito a pena. Tudo que tenho, a experiência que adquiri, as portas que se abriram, os amigos que consegui e outras coisas boas que aconteceram na minha vida foram graças ao DS. O jornal me abriu uma grande oportunidade. Sempre ouço uma frase dita pelo jornalista Milton Neves em suas tribunas: “Gratidão é a maior virtude do homem e base de todas as demais”. Por isso não posso deixar de ser grato com o jornal que me abriu todas as oportunidades da minha vida.

 

JOGO RÁPIDO
Um lugar – Minha casa
Um cheiro - café
Uma cor - verde
Um livro - Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre
os Homens, do filósofo Jean-Jacques Rousseau
Um filme - *A.I. - Inteligência Artificial de * Steven Spielberg
Uma música – Todo sentimento, música de Chico Buarque, interpretada por
Verônica Sabino
Um momento – Nascimento dos meus dois filho
Um homem – Meu pai
Uma mulher – Podem ser duas? Minha mãe e minha esposa Cristina
Deus – Minha fortaleza
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