Eduardo Mossri estreia em Órfãos da Terra

Postado em 31 de março de 2019

 

Ator mogiano vive seu primeiro personagem na nova novela da Rede Globo, Órfãos da Terra, que estreia dia 2 de abril.

 

O mogiano Eduardo Mossri estudou no Colégio Santo Agostinho e Objetivo de Mogi das Cruzes. Formou-se em Interpretação pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo – ECA/USP e depois de uma incursão em mais de 20 espetáculos de teatro estreia sua primeira novela, Órfãos da Terra, na Rede Globo, interpretando Faruq Murad, um médico sírio de Aleppo, que vem como refugiado para o Brasil. A novela estreia dia 2 de abril.

 

Como surgiu sua paixão pelo teatro?

Eduardo Mossri: Desde de pequeno, nunca tive amigos imaginários, mas brincava muito sozinho. Isso ajudou a expandir a imaginação. Depois na escola sempre participei de feira do conhecimento, festa de final de ano, festa junina, apresentando alguma coisa.

 

Como iniciou sua carreira?

Eduardo Mossri: Tenho uma carreira fortemente calcada no teatro, com mais de 20 peças no currículo e trabalhos com grandes diretores. Somado a minha formação na USP, estudei em Londres e na voltei me dediquei a produzir e atuar em projetos pessoais.

 

Quem eram – ou são – os seus ídolos?

Eduardo Mossri: Apesar de adorar biografias e conhecer histórias de vida, eu não tenho propriamente um ídolo. Diria talvez que admiro quem consegue se manter do seu ofício, se for de arte, mais ainda.

 

Fale um pouco dos espetáculos que atuou.

Eduardo Mossri: Eu destacaria os monólogos que atuei e produzi, “Ivan e os Cachorros”, da autora inglesa Hattie Naylor e “Cartas Libanesas” que ajudei construir junto do autor José Eduardo Vendramini. Ambos me permitiram viajar muito e apresentar tanto dentro quanto fora do Brasil.

 

E a TV? Como surgiu?

Eduardo Mossri: Eu sempre fiz paralelamente com teatro, com comerciais e participações em séries e filmes. Acabei ficando quatro temporadas na série “Escola de Gênios” do Gloob, onde sai recentemente para fazer a novela “Órfãos da Terra”.

 

Como surgiu o convite para atuar em Órfãos da Terra, que estreia dia 2 de abril, na Rede Globo?

Eduardo Mossri: Por conta do espetáculo “Cartas Libanesas”, onde falo das história de imigração sírio libanesa no Brasil e histórias pessoais, já que sou descendente de libaneses, acabei contando com a presença da autora da novela “Órfãos da Terra”, que me fez o convite pela proximidade do meu trabalho com tema da novela.

 

Fale um pouco do seu personagem, Faruq Murad, um médico sírio de Aleppo, que vem como refugiado para o Brasil. Existe alguma semelhança com sua história de vida?

Eduardo Mossri: Sim, Faruq é isso mesmo, perde tudo, família, emprego na Síria e vem ao Brasil para recomeçar a vida. Semelhanças nesse aspecto eu diria que não tenho, afortunadamente nunca passei nada perto das fatalidades que ele precisou passar. Mas no que tange o amor ao ofício, no caso dele a medicina, eu as artes, a paixão pela família e persistência na vida, eu diria que somos parecidos.

 

31

 

Jogo Rápido

 Um lugar

Ao redor das pessoas que amo

 

Um cheiro

Dama da noite

 

Uma cor

Amarelo

 

Um filme

Carfanaum de Nadine Labaki

 

Um momento

Tendo a pensar sempre naquele que estou passando no presente momento

 

Uma música

Marikh da banda libanesa Mashrou Leila

 

Um livro

“Eu venho de Alepo” de Joude Jassouma

 

Um homem

Por conta da novela, eu vou citar minha ancestralidade: Antônio João Mossri, meu avô, mesmo eu não tendo conhecido, diria que a vida de um homem que sai de uma terra para viver em outra desconhecida, sem falar a língua, sem conhecer nada, faz família, sustenta cinco filhos, me provoca muita admiração.

 

Uma mulher

Emilia Elias Mossri, minha avó, essa eu conheci, mulher das mãos macias e fazedoras de quibe, também saiu de sua aldeia, Dar Baachtar no Líbano, da onde saíram várias famílias de Suzano e Mogi das Cruzes, fez vida no Brasil e morreu com 98 anos numa terra que fez como sua nova e última morada.

 

Deus

Aquele que cada um carrega dentro de si

 

 

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