Eigengrau, No Escuro

Postado em 03 de março de 2018

 

Espetáculo indicado ao Prêmio Shell de Melhor Direção 2017, Eigengrau, No Escurovolta em cartaz para temporada de 28 de fevereiro a 29 de março, às quartas e quintas-feiras, às 21h, no Teatro Porto Seguro. Com direção de Nelson Baskerville, o texto da dramaturga britânica Penelope Skinner retrata com bom humor, as angústias da geração que está na faixa dos 30 anos a partir do relacionamento entre quatro personagens. Por meio deles, a autora fala sobre a crise desoladora que nos cerca, das relações efêmeras que se impõem em nosso cotidiano, de uma sociedade que permanece machista, do excesso de individualismo e competitividade, da ambiguidade dos discursos e da falência das ideologias.

 

“Eigengrau, No Escuro é uma obra que lança questionamentos com a mesma urgência de seus diálogos rápidos e cortantes”, comenta o diretor Nelson Baskerville que, quando se deparou com o sobrenome da dramaturga, pensou imediatamente nas experiências com ratos encerrados em caixas de vidro, do cientista B.F.Skinner. “Em sua teoria do behaviorismo, ele afirmou que seres em contato com outros e estimulados por alguma experiência externa, que no teatro chamamos de circunstâncias, chocam-se e provocam atrito entre os encarcerados. É exatamente isso que vejo acontecer com estes quatro personagens.”

 

A palavra que dá título à peça tem origem germânica e se refere à cor vista pelos olhos na completa escuridão.  Metaforicamente, é nesse espaço que parece não ter luz ou saídas que se encontram os personagens Carol (Andrea Dupré), Marcos (Daniel Tavares), Rosa (Renata Calmon) e Tomás Gordo (Tiago Real) na tentativa de entendimento de seus afetos, paixões e posicionamentos diante da vida.

 

Foto: Jonatas Marques

 

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