Entrevista com Adélia de Jesus Soares – ex-BBB16

Postado em 15 de março de 2016

 

Você imaginava que a sua participação no BBB16 fosse dar uma repercussão tão grande?

Adélia de Jesus Soares – Eu não tinha essa dimensão, que eu não conseguiria andar na rua, que as pessoas me cercariam, como uma celebridade (risos).

 

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Você já chamava a atenção. Isso não é novidade.

Adélia – No meu mundinho.

 

Mas você tinha consciência de que não passava despercebida em nenhum lugar.

Adélia – É verdade (risos). Eu tinha essa consciência, mas era tudo muito pequeno. Meus seguidores nas redes sociais aumentaram muito. Ainda me assusta muito ver gente do Brasil todo querendo me conhecer. Ver crianças chorando e os vídeos que recebo das pessoas que torciam por mim.

 

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Você parou o Suzano Shopping neste final de semana?

Adélia – Inventei de ir comprar um celular e o shopping parou. Tiveram de fechar uma loja por causa do tumulto. Fui para Mogi das Cruzes e lá foi a mesma coisa. Acabei indo para o shopping de Guarulhos e foi a mesma coisa.

 

O Hugo Gloss postou a capa de um disco que você fez parte. Que história é essa?

Adélia – (risos) Eu sou muito muleca. Muito brincalhona. Adoro passar trote. Foi uma brincadeira. Vi o anúncio na internet: “Grupo de pagode procura vocalista”. Mandei um e-mail e me chamaram para conversar. Minha irmã (Andréia Camillo) insistia para eu não ir, dizendo que eu não era cantora.

 

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Adélia com Gil Fuentes

 

E como foi?

Adélia – Me mandaram dar uma palhinha de uma música da Maria Rita, do meu jeito. Eles gostaram mesmo eu não sabendo cantar. Fiz vários shows em São Paulo e também fora. Fiquei sete meses com o grupo.

 

E porque parou?

Adélia – Porque me apaixonei  e achei melhor parar para não perder o namorado. Foi muito divertido. O dinheiro que ganhavam era muito pouco.

 

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Adélia com a irmã Andréia Camillo

 

E esse convívio de confinamento? Como é isso?

Adélia – É um aprendizado muito grande. Não me arrependo de nada. Cheguei em todos os meus limites. Fui testada a todo instante. Gosto de ter gente perto de mim. Sou muito apegada à minha irmã, ao meu filho (Vinícius).  Não saber o que está acontecendo no mundo e nem na sua casa é de surtar.

 

Como foi o primeiro confinamento?

Adélia – Antes de iniciar o programa fiquei confinada sozinha. Sem celular, sem televisão, sem nada. Sem contato com o mundo. Nessa fase pensei muito e fiz uma avaliação da minha vida. Nunca havia ficado sozinha comigo. Pude me reavaliar e foi muito bom poder viver isso.

 

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Adélia de Jesus Soares-Roberto Teixeira-Paparazzo

 

Vocês ficam sem contato com ninguém?

Adélia – Não vemos e nem falamos com ninguém. O dia que apareceu um gatinho no telhado foi uma festa.

 

E o início do confinamento com os demais membros da casa? Você gosta de conhecer pessoas que eu sei.

Adélia – Então, conhecer eu gosto, mas conviver não. Quando olhei para o Tamiel imaginei que fosse roqueiro e não curto rock. A gente cria uma expectativa. Ele falou a mesma coisa de mim. Ele dizia que eu sou o oposto da minha imagem, que me imaginou uma funkeira, mas que eu era doce e por fim nos demos muito bem.

 

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Adélia de Jesus Soares-Roberto Teixeira-Paparazzo

 

Você imaginava que fosse encontrar alguém e se apaixonar: Estava preparada para isso?

Adélia – Eu estava (risos, muitos risos). Quando eu entrei e olhei para todo mundo, vi que não iria rolar.

 

Nem o Renan, que é o galã da turma?

Adélia – Do alto dos meus 36 anos já passei da fase de olhar para um cara porque tem um corpo bonito, ou porque tem dinheiro. Você acaba procurando alguém que te complete e te faça feliz. O Renan é uma graça e teve um lance com a Juliana, que é muito minha amiga.

 

Mas ele não levou adiante?

Adélia – Mas acho que vai quando ele sair de lá. Estou na torcida.

 

Agora estão falando do Renan com o Matheus. Como vê isso?

Adélia – O Renan é muito carinhoso e o Matheus é muito abusado. Ele é muito bonzinho e carinhoso. Quando eu falei em sair ele foi o primeiro a tentar me acalmar. No confessionário também me acalmaram e eu resolvi continuar.

 

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No dia que você saiu ele ficou mal. Você viu?

Adélia – Logo que deixei a casa fui para uma sala com mais de 40 jornalistas, que me faziam perguntas. Eu respondia tranquilamente, mas quando olhei para o telão e vi o Renan andando pelo gramado e chorando eu comecei a chorar também. Todos perceberam e eu sabia que iria sair naquele momento. Senti que sairia. Ele ficou sozinho na casa.

 

E quem ganha esse BBB16?

Adélia – A Munik. Faço até bolão se alguém quiser apostar (risos).

 

Está conseguindo tirar proveito dessa fama momentânea?

Adélia – Estou tirando proveito de tudo. Como já me disseram: Você não ganhou o prêmio, mas vai ganhar muito mais que isso.

 

Embora você tenha dito que não era uma coisa que você buscava, como está encarando isso?

Adélia – Dinheiro sempre é bom. Não ganhei o prêmio, mas estou recebendo várias propostas no meio artístico. Vou fazer tudo que meu contrato permitir, com a certeza que isso acabará um dia.

 

Nem tudo você pode fazer?

Adélia – Estou em contato com o departamento jurídico da Rede Globo e eles me esclarecem tudo rapidamente, o que posso e não posso fazer. Assinei um contrato com a Globo e não posso infringir as leis.

 

Qual foi seu primeiro trabalho?

Adélia – Sai na terça-feira (8) e na sexta eu fiz o Paparazzo. Fotos sensuais. Foi top. Foi muito legal. Não estou preocupada com o que vão dizer. Fiz e pronto. Adorei.

 

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Adélia de Jesus Soares-Roberto Teixeira-Paparazzo

 

A mulherada tem medo de você.

Adélia – Algumas sim. Dizem que sou periguete, mas sou super romântica e não mexo com o marido de ninguém. Eu me aceito desse jeito que sou. Gosto de mim desse jeito. Gosto de me olhar no espelho e ver o que vejo. Sou super tradicional e na casa aprendi que a gente não pode julgar as pessoas.

 

E sua vida profissional? Você já tem o controle de tudo de volta?

Adélia – Ainda não. Não consegui pisar no escritório e não pretendo encerrar a carreira. Eu amo advogar e vou aproveitar esta fase. Assim que acabar volto para o escritório e continuo minha vida, mas vou saber viver intensamente cada minuto. Como a música do Roberto Carlos “Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi…”.

 

E a goiabada?

Adélia – Quer ser meu inimigo me ofereça uma goiabada… (risos). Também não me ofereça ovo por um bom tempo.

 

 

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