Entrevista com Dervile Ariza

Postado em 23 de outubro de 2012

 

O sucesso do Colégio Objetivo Suzano, que em mais de 20 anos de história tem se sobressaído pelos excelentes índices de aprovações de seus alunos nos principais vestibulares do País, é consequência de um extenso trabalho de pioneirismo. Um dos exemplos foi sair à frente no ensino de informática já em 1993/1994 com o projeto “Escola do Futuro”, iniciativa pioneira que visou a integrar o aluno por meio do computador a todas as disciplinas. O Objetivo Suzano foi o primeiro colégio do Alto Tietê a utilizar as aulas via satélite, o computador do Objetivo leva o professor até a casa do aluno. À frente deste trabalho está Dervile Ariza, que também é um apaixonado por livros e adepto fervoroso do hipismo.

 

Quantos anos de Colégio Objetivo em Suzano?

Dervile Ariza – O Colégio Objetivo Suzano surgiu em 1989. Durante as aulas no curso Objetivo Paulista tive muita afinidade com os alunos, aliás, esta afinidade é própria dos professores de cursinho. Dentre esses alunos tínhamos muitos nisseis de Suzano, que questionavam por que eu não abria um cursinho aqui, pois eles tinham que acordar às 4 horas da manhã para assistir às nossas aulas, trazendo consigo o “bento” (marmita), e assim que apareceu a primeira oportunidade, aqui estou eu.

 
Sua fama sempre foi colocar seus alunos na USP. Tem dado certo? 

Dervile – A nossa fama está de fato no orgulho que temos das aprovações na Universidade de São Paulo (USP), porém, paralelamente, temos vários outros projetos que buscam levar o aluno a uma sólida formação cultural junto à carreira profissional, afinal, a função de uma escola não é só a preparação para o vestibular. Um desses projetos é o “Brasil que dá certo” (os alunos visitam Brasília, Minas Gerais, Amazonas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, entre outros estados). No final do ano 2000, 11 alunos foram estudar inglês na unidade Objetivo de Orlando, na Flórida (EUA), ficando por lá um mês.

 
Tudo isso começa no prezinho?

Dervile – Sim, tudo começa no “prezinho”, ou Educação Infantil, que é outra grande preocupação nossa. Muitas atividades e passeios estimulam cada vez mais a criançada. Fazemos uma série de programações internas e externas, entre elas, uma muito solicitada é o “acampadentro”, na qual eles passam a noite de sexta para sábado, acampando na escola com inúmeras atividades. A chegada do Papai Noel de helicóptero no colégio também foi um sucesso total. Todas essas atividades têm tido a participação especial dos nossos professores comandados pela coordenadora Lílian Cristina. Outro passeio que os alunos do Ensino Fundamental adoram é ao sítio do Carroção (Tatuí), muito solicitado.

 

 

E no Ensino Fundamental?

Dervile – Os alunos do Ensino Fundamental têm tido um preparo todo especial. Damos muita ênfase à matemática, ao inglês e à redação. Outra matéria que está sendo muito solicitada é o empreendedorismo, coordenado pela Ana Célia. Costumamos também proporcionar uma recreação para os pais e uma de que eles muito gostaram foi a palestra “Papo de Pescador”, ministrada pelo ilustre Nelson Nakamura. O evento teve tanto sucesso que desejamos repeti-lo.

 
Sabe quantos alunos entraram na Universidade de São Paulo (USP) durante esses anos todos? 

Dervile – Na realidade, tivemos um número muito grande, vou tentar mencionar todos. Sinto orgulho em citar o nome de alguns pais, pois muitos deles nos trouxeram o convite de formatura de seus filhos na universidade: Maria do Rosário, aprovada (USP); Mauro Massao Watanabe e Sergio Eduardo, aprovados pela (POLI/USP); Nagilton Fukushima, aprovado USP; Arnaldo Fukushima, aprovado pela USP; Grazzia Guglielmino Cruz, aprovada em Medicina no Rio de Janeiro; Leonardo Guerin, aprovado pela (UNICAMP); Carolina Amaral, aprovada em (UNESP) e pela (UFSCAR); Fernando Henrique Martinelli, aprovado em pela USP; Lázaro Pinheiro, aprovado pela POLI/ USP; Felipe Moraes; aprovado pela USP; Jorge Miklos, aprovado USP; Luiz Ricardo de Aquino Leonel, aprovado pela POLI /USP; Felipe Alexandre Fernandes, foi aprovado na Medicina da Santa Casa, da UNESP, da UNICAMP, na (UNIFESP), e na gloriosa Medicina da USP. Marcos Fernandes, aprovado na POLI/ USP; João Paulo Silva Moura entrou na Faculdade de Medicina de Londrina, Guilherme da Silva Moura, aprovado na UNIFESP; Thalita Rodrigues Eufemia, dermatologista daqui de Suzano, Vinícius Pfuetzenreiter, aprovado em Medicina; Karoline Cunha Antunes aprovada como Defensora Pública da União; Thiana Yamaguti, Faculdade de Medicina da USP. Alberto Bio, aprovado na Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP. Thais Yoshimoto aprovada em oitavo lugar na Faculdade Federal de Medicina do ABC. Juliana Cattani, acadêmica de Medicina da USP, foi escolhida pelo seu desempenho acadêmico para completar o curso de Medicina na famosa Universidade de Harvard com todas as despesas financiadas pelo Banco Santander por meio do projeto “Auxílio aos Universitários”. Catarina Amarante aprovada pela Poli/USP. As irmãs Carla e Renata Tokuzumi, também nossas alunas que já estão se formando na Medicina. Filipe de Moraes Gusmão dos Santos, na USP-Leste. Melissa e Roger Yogui, aprovados em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo (Sorocaba). Fabiana Fontes Lopes, aprovada pela Faculdade de Moda da USP; Adriana Muranaka, aprovada em Odontologia pela USP; Melissa Matiko, aprovada em Medicina pela PUC; Rafael Kroeger, aprovado na famosa Fundação Getúlio Vargas (FGV). Julinho Onita, em Medicina. Kleber Kiyam, aprovado em Engenharia pela USP, UNICAMP e Instituto Técnico de Aeronáutica (ITA), Meire Yamaguti, aprovada pela USP. Rogério Gyotoku, aprovado em Engenharia pela Poli/USP. Marcos e Karina Morikuni, ambos com 17 anos, na Faculdade de Medicina. Ligia Silva Tomaz em medicina. André Lima aprovado em medicina. Carolina Galvão de Oliveira foi aprovada em Psicologia na PUC de Campinas. Os irmãos, Natália, Theresia e Josef Raffoul Junior se formaram em medicina. Clarissa Fukumaru, Engenharia da UNESP. Juliana Naves de Souza em Medicina na Universidade Gama Filho. Marcos Morikuni em medicina. Melissa Ouro, aprovada em direito pela USP. Mariana Pião, aprovada pela Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP, Claudio Dohi, aprovado em Medicina no Rio de Janeiro, Hissako Ueda Medina, aprovado em Enfermagem pela USP, Marcos Stefanelli do Val, aprovado em direito pela USP. Ana Carla Konno aprovada na Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.

 

 
A UNIP surgiu mais recentemente como uma alternativa moderna de ensino. Como tem sido a aceitação? 

Dervile – A Universidade Paulista (UNIP) foi mais uma conquista que nós trouxemos para Suzano. A EAD (Ensino a Distância), com pouco tempo de vida, já se mostra como futuro da Educação no Brasil. O nosso pólo de Suzano do EAD tem tido um sucesso muito grande com a formatura já de várias turmas e é considerado referência pelo maior contingente de alunos no Alto Tietê. O nosso EAD chegou para ficar. As inscrições para as próximas turmas iniciam-se agora em novembro e cujas aulas terão início em fevereiro de 2013.

 

 

E a literatura? Abandonou?

Dervile – O meu forte sempre foi à literatura infantil, dando ênfase ao amor que tenho pelas crianças, além do sucesso dos livros infantis, como “Chico Borracha”, “Chico Pantaneiro” e o “Chico Jangadeiro”, todos de cunho ecológico, assim como a “Ecologia Objetiva”, primeiro livro didático destinado ao público vestibulando. No geral, vendemos mais de um milhão de livros. Tenho vontade de voltar a escrever, tendo em mente já dois livros. Um deles visa à diminuição da ansiedade e da angústia dos meninos pré-universitários, tentando explicar a eles que de fato estão vivendo um período de agonia, que, no entanto, não pode influenciá-los em suas escolhas e em seu desempenho, pois, este é o período que vai definir o sucesso profissional. Outro livro que estou com vontade de escrever corresponde ao comportamento dos pais em relação às crianças. Inconscientemente, repassam aos filhos muitos dilemas pertinentes ao âmbito escolar, que na verdade deveriam ser tratados na ausência de nossos jovens e crianças.

 

 

E os cavalos? Continua montando? Fale de seus prêmios.

Dervile – O amor aos cavalos vem da infância. Toda vez que a família ia para o interior eu sempre procurava cavalgar. Na adolescência, entre 17 e 18 anos, prestei um difícil vestibular para entrar no CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva) e só podia ser no curso da Cavalaria. Quando casei, por motivos familiares e financeiros, abandonei a prática do hipismo, porém, no momento que tive melhores condições, voltei ao encontro dos meus amigos equinos. Tive um cavalo maravilhoso, Chocolate, que me rendeu muitos prêmios, inclusive o de Vice-Campeão Brasileiro. Atualmente, estou com uma linda égua BH (Brasileiro de Hipismo) chamada Juliete, com a qual passo os meus fins de semana.

 

Duas filhas e duas netas. Um universo totalmente feminino para que gosta de cavalos. Como lidar com esta ambiguidade?

Dervile – Na realidade não existe esta ambiguidade, pois o mundo hípico é composto por muitas mulheres (amazonas) como a famosa Athina Onassis, além de ter minha neta Fernandinha que segue os meus passos.

 

 

Fotos: Eduardo Romano

 

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