Entrevista com Roberto Pestana
Postado em 30 de julho de 2012
Advogado e administrador de empresas por formação abandonou a carreira para ser um franqueado da Rede McDonald’s, que é a maior rede de refeições rápidas do mundo. Ele tem hoje quatro lojas no Alto Tietê e em breve inaugura a quinta loja, na cidade de Poá com a possibilidade de mais lojas na região.
Qual sua formação?
Roberto Freire Cesar Pestana – Sou formado em direito e administração de empresas pela Universidade Mackenzie. Fui sócio de um escritório de advocacia durante 12 anos antes de me tornar um franqueado McDonald´s.
Paralelamente atua em outra área?
Roberto – Atuo exclusivamente nas franquias McDonald´s, tendo me desligado do escritório na fase de treinamento. Dedicação em tempo integral ao negócio é um dos fatores de sucesso da marca e uma exigência do franqueador no contrato de franquia.
Quando resolveu ingressar como franqueado do McDonald’s a franquia já estava em forte crescimento. Como foi?
Roberto – Foi no ano de 1995, e a rede já contava com cerca de 160 unidades. Visitei uma feira de franquia no shopping SP Market em junho daquele ano, preenchi uma ficha de interesse, várias entrevistas depois e três dias de teste prático numa unidade, processo que levou seis meses, fui aprovado para iniciar a fase de treinamento que levou 11 meses. Inauguramos a loja do Mogi Shopping em novembro de 1996.
O que diferencia o Mc de outras redes?
Roberto – O McDonald´s é a maior rede de refeições rápidas do mundo, com mais de 33 mil unidades, sendo 700 no Brasil. Isso permite uma boa negociação com fornecedores de equipamentos e matéria prima. Além de pesados investimentos em treinamento das equipes, através das Universidades do Hamburguer espalhadas pelo mundo. Na América Latina temos uma em Barueri, no bairro de Alphaville.
Quais as exigências para se abrir uma loja da rede em uma cidade?
Roberto – Cidades cada vez menores vêm sendo contempladas com unidades da rede. Naturalmente o processo de crescimento visa atingir o maior número de municípios possíveis, com viabilidade para possuir um restaurante da marca. Estudos são feitos para analisar o potencial de cada mercado.
Dizem que os investimentos são altíssimos para se obter uma franquia? São mesmo?
Roberto – Os investimentos são compartilhados entre o franqueador e o franqueado. Desta forma o negócio se torna viável para ambas as partes. Hoje muitos equipamentos já são produzidos no Brasil, outros tantos estão sendo nacionalizados. Utilizamos todo o material e mão de obra nacionais para a construção das unidades.
Você tem hoje uma loja em Mogi das Cruzes, duas em Suzano, uma em Bertioga e está abrindo outra em Poá. Tem espaço para mais? Onde será?
Roberto – Temos planos para a abertura de novas unidades, seja em Mogi, bem como em outros municípios da região do Alto Tietê. Alguns pontos já estão em negociação pelo franqueador, que é o único responsável pela prospecção e fechamento do ponto dos novos restaurantes. O McDia Feliz tornou-se um grande evento.
Como funciona?
Roberto – Desde 1988 o Brasil realiza o McDia Feliz. Hoje é o recordista mundial em arrecadação para a causa do câncer infanto-juvenil. Toda a renda com a venda do big mac, seja avuslo ou combinado com outros produtos, é doada, deduzido os impostos incidentes. (ICMS, PIS e COFINS). Ano passado foram vendidos mais de 1,5 milhões de big mac’s, arrecadando mais de R$17 milhões e beneficiando mais de 50 diferentes instituições.
Para onde vai toda renda arrecadada?
Roberto – Em Mogi das Cruzes a verba vai para a Rede Feminina de Combate ao Câncer “Guiomar Pinheiro Franco”, que tem aprovado junto ao Instituto Ronald McDonald o “Projeto Algodão Doce”, que visa sustentar o “trenzinho leva e traz”, que é o transporte através de um veículo (ad-quirido com verbas de campanhas passadas) das crianças em tratamento no Hospital Santa Marcelina e no TUCCA. Em Bertioga o recurso vai para a pediatria oncológica da Santa Casa de Santos. Em Suzano as duas unidades vão colaborar com a Rede Feminina de Combate ao Câncer “Esther Hidalgo Leite Rondinelli” para a construção da casa de apoio do TUCCA, em São Paulo.
O Governo do Estado abriu mão dos impostos. Porque o Governo Federal não abre?
Roberto – O Governo do Estado de São Paulo tem concedido anualmente, através de decreto-lei, a isenção do ICMS relativo ao big mac no dia do evento, o que aumentou o valor doado às instituições. O Governo Federal não concede isenção de seus tributos, talvez em razão da complexidade para fazer o mesmo, uma vez que a mecânica de apuração dos tributos é diferente. Este ano a Rede Feminina de Combate ao Câncer “Esther Hidalgo Leite Rondinelli” de Suzano voltou a atuar no McDia Feliz, em parceria com a TUCCA.
Como vai ser isto?
Roberto – Ficamos muito felizes com a participação da Rede no próximo evento. O TUCCA esta para iniciar a construção de uma casa de apoio para hospedar as crianças e suas famílias durante a fase de tratamento, o que minimiza o sofrimento com o transporte e garante a presença durante essa importante e fundamental fase para o sucesso do procedimento médico empregado, o que aumenta as chances de cura, que hoje já atinge a casa dos 80% (eram 30% quando o McDia Feliz começou em 1988).
Jogo Rápido
– Um lugar
Campos do Jordão
– Um filme
Irmãos Cara de Pau
– Uma música
Somewhere in Time
– Um momento
Nascimento do meu filho Guilherme
– Deus
Presente em tudo que faço
– Família
A melhor companhia
– Uma mulher
Professora Guiomar Pinheiro Franco, que tive a honra de conhecer pessoalmente nos primeiros McDia Felizes de Mogi
– Um homem
Meu avô, Enéas Pestana
Fotos: Eduardo Romano