ENTREVISTA – Josef Augusto – ABRAADE

Postado em 21 de julho de 2019

 

Como surgiu a ONG – Associação Brasileira de Apoio ao Deficiente Visual, a ABRAADE?

Josef Augusto – A ONG foi lançada em 2006, pelo Dr. Takeshi Nishi (já falecido), em Mogi das Cruzes. Ele percebeu que precisava fazer alguma coisa para as pessoas carentes a área de oftalmologia.

 

Quando você começou a fazer parte dela?

Josef Augusto – Comecei como voluntário na ONG em 2012. Tinha uma empresa e ajudava com doações. Também buscava outras empresas para fazer doações. Participava dos eventos e ajudava a organizar. No ano seguinte, em 2013, o Dr. Takeshi me convidou para ser coordenador da ONG, porque ele viu o meu empenho. Em 2014 caíram as doações por causa da Copa do Mundo. Ele ficou doente nesta época e tudo ficou mais difícil. Me chamou para uma conversa e falou que ele não poderia mais continuar como presidente e que confiava apenas em mim e no filho dele, o Alberto Nishi.

 

Então o presidente é o Alberto Nishi?

Josef Augusto – Ele participa até hoje. Na época eu não quis assumir a presidência e ele assumiu. Continuamos fazendo o trabalho juntos, eu e o Alberto. Em 2016 o Dr. Takeshi faleceu e não paramos. Paralelamente eu fui assumindo a condição de presidente.

 

E quem é o presidente?

Josef Augusto – Sou eu. Estou fazendo a alteração do contrato e trazer a ONG para Suzano, pois ainda está em Mogi das Cruzes. O Alberto é meu sócio em uma transportadora e ainda ajuda muito.

 

Quais são os projetos que já foram realizados pela ONG?

Josef Augusto – Foram muitos. O forte sempre foram as consultas de oftalmologia e doação de óculos. Eu que implantei a cirurgia de catarata e começaram a surgir novos parceiros. Tudo feito gratuitamente para as pessoas que precisam.

 

Tem algum apoio?

Josef Augusto – Sempre fizemos tudo com o apoio de amigos e parceiros, através de doações.

 

As doações podem ser abatidas no imposto?

Josef Augusto – Podem sim. Isso ajuda.

 

E o projeto da latinha? Porque parou?

Josef Augusto – Lançamos a coleta de latinhas de refrigerante e cerveja em Mogi das Cruzes e resolvi trazer para Suzano, onde também tenho muitos amigos. Deixávamos os cestos no comércio onde eram feitas as coletas.

 

E qual era o procedimento após a coleta?

Josef Augusto – Depois de coletado, tudo era vendido e com o dinheiro arrecadado comprávamos os óculos e fazíamos os exames.

 

E o projeto da latinha não volta mais?

Josef Augusto – Volta sim. No próximo verão ele está de volta. Estamos com outro projeto, que também já fez sucesso, o kit sabonete.

 

Como é esse projeto?

Josef Augusto – Lancei em 2014 o projeto do kit sabonete. São seis sabonetes em um saquinho de TNT, que são vendidos por R$ 10,00.

 

De onde vem esses sabonetes?

Josef Augusto – Tem uma empresa que faz doações desses sabonetes para a ONG. Montamos os kits e saímos vendendo. Na verdade, eu peço uma doação dos 10 reais e dou o kit com seis sabonetes como agradecimento. Fizemos esse trabalho de 2014 a 2016, em Mogi. Em Suzano vamos fazer pela primeira vez.

 

Quando começa?

Josef Augusto – Até o final do mês lançamos o projeto. Os sabonetes já chegaram. Vamos sentir a cidade e ver até quando vamos trabalhar com eles, pois conseguimos pagar muitas cirurgias com este projeto.

 

As cirurgias são pagas?

Josef Augusto – Sempre foram. Em fevereiro deste ano consegui uma parceria com a Universidade Braz Cubas – UBC e não pagamos mais.

 

Como funciona esta parceria com a UBC?

Josef Augusto – A UBC tem parceria com o Hospital São Paulo, Hospital Monumento e Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch – M’Boi Mirim e, encaminhamos todos os pacientes que precisam de cirurgia.

 

Quantos pacientes são encaminhados por mês?

Josef Augusto – Hoje estamos até com fila de espera. Conseguimos encaminhar uma média de 30 pacientes por mês, o que já é uma grande conquista.

 

Esse atendimento é para crianças e adultos?

Josef Augusto – Antes o atendimento era só para criança até por conta do custo. Tudo para o idoso é mais caro, inclusive a cirurgia, que agora é gratuita.

 

E para as armações dos óculos? Não tem parceria ainda?

Josef Augusto – Não temos. Existem pessoas que nos procuram para doar suas armações usadas. Nós aceitamos, mas muitas não estão em bom estado e não podemos doar óculos nessas condições. Precisamos de armações novas. Fazemos a manutenção nas armações usadas, mas a maioria não dá para usar. Estamos correndo atrás de uma parceria, mas ainda não posso divulgar.

 

E as consultas onde são feitas?

Josef Augusto – Eu uso um espaço na minha transportadora, na Vila Amorim. Toda segunda-feira tem atendimento. Os alunos do curso de Optometria da UBC vêm para Suzano e atendem em média 15 pessoas, no período da manhã. É preciso fazer o agendamento antes para fazermos a triagem e depois a consulta.

 

E como faz esse agendamento?

Josef Augusto – Só ligar na ONG 4747-6455 ou pelo WhatsApp 93245-9911 e agendar.

 

E essa Feijoada que acontecerá no dia 25 de agosto?

Josef Augusto – O Leandro Naves, que é professor do curso de Optometria da UBC, que teve a iniciativa. Ele já me ajuda há seis anos e está organizando a 1ª Feijoada Beneficente da ABRAADE. Será na Chácara Recanto dos Pássaros, em Suzano, com a Banda 10Entrosados e o DJ Paulinho. Vai ser um grande evento e todos podem participar. As reservas podem ser feitas pelos telefones 99720-0875 / 99896-1438 / 99466-2357.

 

 

Jogo Rápido

Um lugar

A trilha que eu caminho

 

Um cheiro

Natureza

 

Uma cor

Amarelo

 

Um filme

A Espera de um Milagre

 

Um livro

Nunca foi sorte

 

Um momento

O falecimento de minha mãe

 

Uma música

I Don’t Want To Talk About It (Rod Stewart)

 

Um homem

Eu

Uma mulher

Hilda José Santos (mãe)

 

Deus

É amor… e quem permanece no amor permanece em Deus

 

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