Suellen Dellangelica é a entrevistada deste domingo
Postado em 06 de setembro de 2015
A atleta paralímpica Suellen Dellangelica foi Medalha de Prata nos Jogos Parapan-Americanos 2015, realizado em Toronto, no Canadá.
Qual a sua formação?
Suellen Dellangelica – Sou formada em Educação Física.
Ter uma deficiência foi um problema ou uma solução?
Suellen – Nascer com uma deficiência é diferente de adquirir. Nunca tive problemas com a deficiência. No meu caso sempre foi muito tranquilo. São poucas as coisas que tenho dificuldades e mesmo assim consigo me adaptar e realizar tudo que preciso.
Sofreu bulling?
Suellen – Quando eu estudava não tinha esse nome né (rs), mas sofri sim. Não tem jeito vire mexe ouço algumas coisas como: nossa ela é bonita mais deficiente coitada (rs). Quando estudava também, pois para as crianças eu era a diferente então até que elas se acostumassem era difícil. Mais sempre lidei bem com isso.
Quando decidiu ser uma esportista?
Suellen – Então na verdade nunca esperei chegar aonde cheguei. Com 12 anos brincava de jogar vôlei na rua quando uma amiga me chamou para entrar em uma escolinha de vôlei. Minha mãe ficou meio receosa e perguntou se não era melhor jogar futebol (rs). Mas eu queria o vôlei e ela permitiu. A partir dai entrei no time da cidade onde morava (Diadema).
Como o Vôlei Sentado entrou em sua vida?
Suellen – Joguei durante cinco anos o vôlei convencional e em um desses jogos me viram jogando, viram minha deficiência e comentaram com o técnico Ronaldo de Oliveira (Técnico do Sesi e ex-técnico da Seleção Brasileira). Ele me ligou e me convidou para vir à Suzano para fazer um treino de vôlei sentado, em dezembro de 2005. Desde então integro a Seleção Brasileira de Vôlei Sentado.
Você é atleta do Sesi?
Suellen – Sou atleta do Sesi São Paulo – que é o clube em que defendo em campeonatos nacionais. Os treinos durante a semana acontecem no Sesi de Suzano. E quando tem competições Internacionais pela Seleção Brasileira e sou convocada vou pela Seleção.
Foi difícil se adaptar à Seleção Brasileira?
Suellen – Cheguei à Seleção em 2006 após conhecer o vôlei sentado, por já ter experiência com o vôlei convencional tive um pouco de vantagem, já que a maioria das atletas passam a praticar o esporte depois que se tornam deficientes.
Como foi representar o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015?
Suellen – É maravilhoso representar nosso país e ainda conseguir trazer um resultado positivo, apesar do pouco reconhecimento que temos da modalidade, pois muita gente nem conhece o que é o vôlei sentado.
E a medalha de prata?
Suellen – Foi um resultado muito positivo, lógico que fomos à busca do primeiro lugar, mas sabíamos que seria difícil, pois a seleção americana é a segunda melhor equipe do mundo. Mesmo assim fizemos jogos duros com ela, mas infelizmente não foi dessa vez.
Você divide-se como professora de educação física na Emef. Antonio Marques Figueira. Fale um pouco sobre isso.
Suellen – Realmente é complicado, mas me dedico o melhor que posso, tanto no esporte como na escola, mesmo tendo que me ausentar da mesma por conta de treinamentos e competições. Amo o que eu faço adoro dar aula e adoro jogar, mesmo sendo bem cansativo na maioria das vezes.
Qual seu próximo passo como atleta paralímpica?
Suellen – Com certeza a Paralimpíada no Rio de Janeiro no ano que vem. Espero poder estar lá e conquistar mais um resultado positivo para o nosso país.
JOGO RÁPIDO
Um lugar
Minha Casa
Um cheiro
Chocolate
Uma cor
Roxa
Um livro
Jogando Xadrez com os Anjos, de Fabiane Ribeiro
Um filme
O Impossível
Uma música
All of me –John Legend
Um momento
Paralimpíada 2012
Um homem
Meu pai
Uma Mulher
Minha mãe
Deus
Imprescindível