Viviane Galvão é a entrevistada deste domingo

Postado em 01 de dezembro de 2013

 

 

 

Ela é uma mulher determinada e ativa. Professora, esposa, mãe e avó dedicada. Gosta de ler e viajar. Viviane Galvão é vice-prefeita de Suzano e entra definitivamente para a história política da cidade como a primeira mulher a ocupar o cargo de prefeita interinamente, durante a licença de 15 dias do prefeito Paulo Tokuzumi. Paralelamente Viviane é dirigente do Serviço de Ação Social e Projetos Especiais – Saspe. Esposa do deputado estadual Estevam Galvão, esteve à frente do Fundo de Promoção Social durante quatro gestões, enquanto ele ocupava o cargo de prefeito. Uma mulher admirável!

 

 

 

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Fotos Eduardo Romano

 

 

Foi professora por quantos anos?

Viviane Galvão – Eu posso dizer o seguinte: eu não fui professora, eu sou professora. Professora é o meu título. Eu me formei em 1964 e trabalhei até 1997, quando me aposentei. Porém, serei professora até morrer. Fui professora de escola fundamental, durante sete anos. Depois, fui diretora de escola até 1997. Sendo que, durante o tempo que Estevam era prefeito eu, muitas vezes, acumulei as duas funções: presidente da Promoção Social e professora. Outras vezes, tirei licença do Estado, sempre sem qualquer remuneração.

 

 

Como foi estar à frente do Fundo Social de Solidariedade por quatro gestões?

Viviane – Olha, 1976 foi um ano muito peculiar na minha vida. Eu tive a minha primeira filha, a Daniella, isso foi uma novidadíssima na minha vida, porque eu já estava casada há oito anos, era diretora de escola e foi quando Estevam ganhou a sua primeira eleição para prefeito. Quando chegou no começo de 1977, resolvi que eu não iria ficar apenas nos “chazinhos”. Eu nunca fui mulher de “chazinho”. Até então, as primeiras damas apenas ocupavam representativamente o cargo, iam às solenidades e faziam chás. Eu não sabia fazer isso. Eu já era profissional, trabalhava com a comunidade e já sabia dos problemas dessas pessoas. Nesse período, ainda dava aula no Raul Brasil. Então, era muito trabalho. Falei para o Estevam: “Já que é para trabalhar, vou fazer direito”. Nessa época, eu já contava com a ajuda da Regina Slupko (que me auxilia até hoje), que ia escrevendo à máquina dentro de um carro com motorista. Essa era a minha equipe. Tive a felicidade de ter uma grande professora: Lila Martins, a primeira dama do Estado de São Paulo, esposa do governador Paulo Egídio Martins. Logo em fevereiro, aconteceu um congresso em Praia Grande. Fui com a Dulce Leite Lima, a então secretária de Educação.  A gente ia e voltava todos os dias. Fiz todos os cursos. Lá aprendi uma coisa: promover ações para aglutinar toda a sociedade. Então, comecei o meu trabalho como primeira dama fazendo a primeira campanha do agasalho de toda a minha vida. Foi uma campanha para ninguém botar defeito. Depois disso, aumentamos a equipe, montamos um prédio e muitas ações positivas foram realizadas. Porém, posso dizer que três, em particular, marcaram tanto a minha vida pessoal quanto a minha gestão: a criação da Apae, da Guarda Mirim e o Programa da Boa Visão.

 

 

Viviane Galvão

 

 

 

É mãe de duas mulheres e avó de dois meninos. Fale desta experiência

Viviane – Sou mãe da Daniella e da Carolina. A Daniella é médica veterinária, casada com o Renato e mãe do Leonardo e Eduardo. A Carolina é psicóloga e está noiva. O amor de avó é um amor de mãe duplicado, não só para o neto, mas dobrado para o filho. Se meus netos estão bem, minhas filhas estão e eu também.

 

 

Você foi uma das peças fundamentais na eleição de Paulo Tokuzumi à prefeito de Suzano. Imaginava que tinha esta força?

Viviane – Não. Eu resolvi ser a vice do Paulo porque percebi a angústia dele e do Estevam por não conseguirem achar uma pessoa para isso. A situação estava complicada. Não era apenas a busca do voto. Era uma luta judicial (questão de dois candidatos do mesmo partido). Quero crer que o fator que mais ajudou foi o meu sobrenome: Galvão. Isso que pesou. Por mais que eu não tenha falsa modéstia em dizer que eu tenho o meu valor, certamente quando eu saí à candidata a vice, eu carreguei não só o meu peso, mas também a credibilidade do Estevam, que é resultado de uma vida inteira dedicada à Suzano. Com isso, o Paulo e eu criamos a credibilidade que aquela candidatura iria até o fim. Que Estevam e eu não somos pessoas de brincar.

 

 

 

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Entrará definitivamente para a história da cidade como a primeira mulher a ocupar o cargo de prefeita interinamente. Qual a sensação?

Viviane – Uma sensação de emoção, de responsabilidade, de que estou realmente vivendo um momento histórico. O fato é que as funções que desempenharei serão fundamentalmente de dar andamento administrativo às ações da prefeitura. Assumo o cargo e serei prefeita com a tarefa de encaminhar o expediente diário, mas as grandes decisões serão tomadas pelo senhor prefeito, a quem eu respeito e admiro, no seu retorno, a não ser aquelas que necessitarem de intervenções imediatas e intransferíveis.

 

 

Deseja um dia ser candidata a prefeita ou a outro cargo público?

Viviane – Não posso responder isso agora. Tenho desejo de continuar como vice-prefeita, o que estou gostando muito de ser. Minhas filhas já estão criadas, meus netos estão no caminho certo, então, a minha vida é o Estevam – ao qual sempre vou me dedicar – e o Saspe. Minha primeira obrigação é com o povo. A segunda é com o Paulo. Enquanto ele for candidato, eu jamais serei. Isso está totalmente descartado. Quanto ao cargo de deputada, o candidato é Estevam. Como eu sempre digo: “a cada dia, a sua agonia”. Falando em outros tempos, vamos esperar para ver.­­

 

 

 

Viviane Galvão3

 

 

 

JOGO RÁPIDO

 

Um lugar

Paris

 

 

Um cheiro

Dos meus netos

 

 

Uma cor

Azul

 

 

Um livro

1808 (Celestino Gomes)

 

 

Um filme

E o vento levou…

 

 

Uma música

Se todos fossem iguais a você

 

 

Um momento

Meu casamento

 

 

Um homem

Estevam

 

 

Uma mulher

Margareth Thatcher

 

 

Deus

Tudo

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