B.B. King morre aos 89 anos
Postado em 15 de maio de 2015
B.B. King tinha verdadeira paixão por seus instrumentos. (Foto: Valentin Flauraud / Reuters)
O músico B.B. King, considerado o “Rei do Blues” e integrante do Hall da Fama do Rock and Roll desde 1987, morreu na madrugada desta sexta-feira (15) em Las Vegas, nos Estados Unidos, aos 89 anos de idade, informou seu advogado.
No início de abril, o guitarrista havia sido hospitalizado após sofrer uma desidratação por causa da diabetes tipo 2 da qual sofria há mais de 20 anos. Ele voltou a ser internado há poucos dias.
A lenda se despede com 16 prêmios Grammy, mais de 50 discos em quase 60 anos de carreira e músicas que marcaram época, como “Three o’clock blues”, “The thrill is gone”, “When love comes to town”, “Payin’ the cost to be the boss”, “How blue can you get”, “Everyday I have the blues”, “Why I sing the blues”, “You don’t know me”, “Please love me” e “You upset me baby”.
B.B. King em Montreux, em julho de 2009. (Foto: Valentin Flauraud / Reuters)
Aos 86 anos, ainda fazia cerca de 100 apresentações por ano. O último show no Brasil ocorreu em 2012, em São Paulo. Antes, se apresentou no Rio de Janeiro e em Curitiba.
Troy ‘Trombone de Shorty’, Andrews, Jeff Beck, Derek Trucks, Gary Clark Jr. e
BB King durante apresentação na Casa Branca. (Foto: Arquivo / Chris Kleponis / Reuters)
Considerado um dos artistas mais influentes de todos os tempos, seu talento inspirou outros grandes guitarristas, como Stevie Ray Vaughan, Jeff Beck, Jimi Hendrix, George Harrison, Buddy Guy e Eric Clapton.
B.B. King ganhou diversos Grammy Awards: melhor desempenho vocal masculino de Rhythm & Blues, em 1970, com “The thrill is gone”; melhor gravação étnica ou tradicional, em 1981, com “There must be a better world somewhere”; melhor gravação de blues, em 1983, com “Blues’N jazz”, e, em 1985, com “My guitar sings the blues”. Em 1970, Indianopola Missisipi Seeds concede-lhe o Grammy de melhor capa de álbum. A Gibson Guitar Co. o nomeou “embaixador das guitarras Gibson no mundo”.
King se casou duas vezes. Primeiro com Martha Lee Denton, com quem viveu entre 1946 e 1952; e, depois com Sue Carol Hall, entre 1958 e 1966. O artista deixa 14 filhos e mais de 50 netos.