Antônio Poteiro – A Luz inaudita do cerrado
Postado em 04 de junho de 2025
A exposição Antônio Poteiro – A Luz inaudita do cerrado é tema de diversas atividades da agenda do Programa Educativo CAIXA Gente Arteira na CAIXA Cultural São Paulo no mês de junho. Todas são gratuitas e as inscrições podem ser realizadas no site da CAIXA Cultural.
Em um diálogo com a exposição A luz inaudita do cerrado, o programa educativo CAIXA Gente Arteira propõe uma oficina de cerâmica em argila, dividida em três aulas ao longo do mês.
A produção em cerâmica utilitária de Antônio Poteiro foi fundamental para a construção de sua trajetória como escultor. As técnicas desenvolvidas nesse período inicial, como o modelado por belisco ou o uso de cordas de barro, serviram de base para suas esculturas posteriores, que mantêm uma forte relação com a funcionalidade típica da arte popular.
O utilitarismo, presente na arte popular desde suas origens, revela como o fazer artístico está profundamente ligado ao cotidiano — tanto no passado quanto no presente. Objetos como panelas, potes, moringas e outros utensílios carregam não apenas uma função prática, mas também uma dimensão simbólica e estética, expressando a identidade cultural de um povo.
A oficina será realizada nos dias 11, 18 e 25 de junho, das 14h às 16h. A turma é única e limitada a 25 participantes, com classificação livre.
Oficina de restauração de documentos em papel
O Museu da CAIXA Cultural São Paulo abriga um acervo rico em mobiliário histórico e documentos em papel, testemunhos valiosos da memória institucional e cultural do país. Preservar esses materiais é preservar também as histórias que eles carregam — e é nesse contexto que se insere a atividade de restauração de documentos, aproximando o público dos cuidados essenciais com o patrimônio documental.
Nesta oficina, serão apresentados os fundamentos da restauração de documentos em papel, oferecendo aos participantes uma vivência prática com técnicas básicas de conservação e recuperação de documentos danificados.
A atividade será realizada em quatro aulas com a duração de três horas cada, totalizando uma carga horária de 12 horas. Está programada para os dias 12, 13, 19 e 20 de junho, das 14h às 17h. A turma é única com limite de 25 participantes acima de 16 anos.
Oficina de Biojoias
Inspirada também na exposição Antônio Poteiro, esta oficina de biojoias convida os participantes a mergulharem na poética da natureza e da cultura popular. Assim como o artista em referência transforma o cerrado em cor, forma e memória, aqui serão criados adornos a partir de elementos naturais, celebrando a beleza, a resistência e a identidade de um dos biomas mais ricos e ameaçados do Brasil.
A atividade gratuita pretende valorizar a cultura popular e do cerrado, estimular a criatividade e a expressão pessoal, além de promover a conscientização ambiental por meio do uso de materiais naturais e reutilizáveis, como sementes, folhas, fibras, cascas, ressignificando-os como adornos. Será realizada nos dias 14 e 15, das 10h às 13h. A turma é única com limite de 30 participantes acima de 16 anos.
Maquiagem Drag e Performatividade Popular
A exposição A luz inaudita do Cerrado e a oficina de maquiagem drag e performatividade popular podem parecer, à primeira vista, universos distintos — mas compartilham pontos de contato profundos: ambos celebram a expressão criativa, a invenção de mundos e o poder da identidade cultural.
Poteiro, com sua estética vibrante e popular, transforma o Cerrado em cena mítica e cheia de personagens — santos, animais, figuras festivas — criando uma narrativa visual onde o extraordinário (inaudito) emerge do cotidiano. Da mesma forma, a performatividade popular, aqui, presente na figura da máscara drag, também reinventa o real, através da maquiagem, do figurino e da cena, construindo personagens exuberantes que expressam alegria, crítica, memória e pertencimento.
A oficina propõe que os participantes criem suas próprias personagens populares através da linguagem drag queen em dois encontros dedicados à maquiagem e à criação performática, culminando em uma celebração festiva inspirada nas manifestações culturais brasileiras.
Assim como Poteiro nos convida a ver o Cerrado com outros olhos, a performatividade popular nos convida a experimentar outras formas de ser, de narrar e de habitar o mundo, brincando com elementos de gênero e identidade. Ambas são celebrações da liberdade criativa, da pluralidade e da beleza que nasce do gesto artesanal e simbólico.
A atividade, com turma única, terá três encontros, com carga horária de três horas em cada um, totalizando nove horas. Está programada para os dias 14, 15 e 21 de junho, das 14h às 17h. Com um total de 20 vagas, a turma é única e a classificação indicativa é a partir de 12 anos.
Encontro Cultural “Entre Cores e Memórias: a Cultura Popular na Arte de Antônio Poteiro”
A arte popular brasileira é um reflexo vivo das memórias, dos saberes e das tradições que compõem a identidade de nosso povo. Neste contexto, a formação Entre Cores e Memórias: a Cultura Popular na Arte de Antônio Poteiro convida professoras e educadoras a mergulharem no universo criativo de um dos grandes nomes da arte popular brasileira, cuja exposição A inaudita luz do cerrado está em cartaz na CAIXA Cultural São Paulo.
Ao explorar sua arte em sala de aula, abre-se caminhos para trabalhar com os alunos temas como identidade cultural, memória, pertencimento e valorização das expressões locais. Esta formação tem como proposta refletir sobre o conceito de cultura e cultura popular, conhecer a trajetória e a obra de Antônio Poteiro, além de propor experiências pedagógicas criativas, interdisciplinares e sensíveis, que conectem arte, escola e comunidade.
O encontro será realizado no dia 21 de junho (sábado), das 10h às 12h. Ao todo são 45 vagas para a atividade e o público-alvo são professoras e professores da rede pública de ensino.
Oficina de Pintura: “Imaginários Populares à Mão Livre”
A pintura naïf, marcada por suas cores vibrantes, formas espontâneas e temáticas ligadas ao cotidiano, à natureza e às tradições culturais, é uma linguagem artística profundamente conectada à expressão popular e à imaginação livre de regras acadêmicas.
Esta oficina tem como inspiração e ponto de partida o pictórico da obra do artista goiano Antônio Poteiro, cuja exposição A inaudita luz do cerrado.
Ao longo dos 4 dias de encontro, os participantes serão convidados a mergulhar no universo da pintura, explorando técnicas, referências e experimentações plásticas, construindo suas próprias narrativas visuais com liberdade expressiva.
A proposta também prevê uma imersão na exposição de Poteiro, promovendo diálogos entre as obras e as criações autorais dos participantes. Será realizada nos dias 28 e 29 de junho, 05 e 06 de julho, das 14h às 16h. A classificação é de 16 anos e a turma é única, com 30 vagas disponíveis.
Mediações aos Finais de Semana
Nos sábados e domingos do mês de junho (7,8,14,15,21,22, e 29) às 11h e 15h, crianças, jovens e adultos podem fazer uma visita mediada ao edifício Sé, com sua bela arquitetura dos anos 30, e ao Museu da CAIXA, para conhecer o seu rico acervo histórico.
Também podem visitar as diversas exposições em cartaz no espaço da CAIXA, em que o mediador apresentará as obras e seus artistas, ampliando as formas de relação com a arte e enriquecendo as experiências pessoais de cada visitante. São oferecidas 20 vagas por mediação. A classificação é livre.
Visita Teatralizada – Eulália: a Segunda Depositante
No dia 07 (sábado), às 11h e no dia 08 às 15h, ocorre a Visita Teatralizada – Eulália: A Segunda Depositante, que oferece um passeio pelo prédio da CAIXA Cultural com Eulália, uma mulher um tanto invejosa que gostaria de ter sido a primeira depositante da CAIXA de São Paulo, no longínquo ano de 1875.
Vestida de penhoar preto e transitando pelos salões, escadarias e galerias do histórico Edifício Sé, Eulália irá soltar a língua e contar várias curiosidades sobre a história de São Paulo, da CAIXA e de seu prédio imponente, podendo finalmente se colocar na história. São oferecidas 20 vagas por apresentação e a classificação é livre.
Programa Educativo CAIXA Gente Arteira:
O Programa Educativo CAIXA Gente Arteira é uma iniciativa da CAIXA que visa aproximar a programação cultural do público. Com diversas ações, desde experiências de visitação para escolas e instituições sociais até oficinas, cursos e projetos de arte-educação para diferentes públicos, o programa busca promover o acesso à cultura de forma inclusiva e educativa. As ações educativas desenvolvidas recuperam e atualizam uma longa história, que celebra 45 anos neste ano, desde a abertura da primeira unidade da CAIXA Cultural em Brasília e os 36 anos da CAIXA Cultural São Paulo.
Hoje, a CAIXA Cultural é uma das maiores redes de espaços culturais públicos do país, com unidades também em Salvador (BA), Curitiba (PR), Fortaleza (CE) e Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ). Em 2025, a CAIXA irá inaugurar seu primeiro espaço na região Norte, em Belém (PA). Nessa comemoração, a CAIXA convida todos os públicos a “culturar”; isto é, a viver a cultura como ação, celebrando juntos uma trajetória de mais de quatro décadas.
SERVIÇO
CAIXA Cultural São Paulo [Programa Educativo CAIXA Gente Arteira]
Endereço: Praça da Sé, 111, Centro (a 200m da Estação Sé do Metrô)
Horário: de terça a domingo, das 8h às 19h
Inscrições gratuitas: Site da CAIXA Cultural
Informações: (11) 3321-4400