Beatriz Segall na Revista JP

Postado em 18 de abril de 2016

 

Prestes a completar 90 anos de vida e mais de 60 de carreira, Beatriz Segall é intérprete de algumas das vilãs mais populares da TV e mostra que sobreviveu muito dignamente a todas elas.

 

Texto: Paulo Sampaio

Fotos: André Giorgi

 

 Algumas frases de Beatriz:

“O teatro está fraquinho, toda a vida cultural brasileira está muito rebaixada” (Sobre o momento atual da cultura)

 

“Sempre enfrentei no teatro e na TV uma implicância muito grande porque achavam que eu era rica, não precisava trabalhar, estava ali tirando o lugar de outros atores. Isso é um absurdo, porque você não trabalha apenas porque precisa, é um direito previsto na Constituição”. Foi muito traumático, diz ela, “horrível, horroroso”. “Havia uma verdadeira perseguição.”; “falta de interesse em fazer algo de qualidade”. “Parece que não há muito assunto.” “há muito tempo não se ouve falar de um grande talento na TV”. “As pessoas querem ser atores, mas se contentam em aparecer na televisão.” (Em relação à TV)

 

“Você sabia que naquela época houve um movimento entre os atores para aumentar o salário de quem fazia papel de mau? Argumentava-se que eles não eram chamados para fazer comercial. Comercial dava muito dinheiro”.  “Quando fiz Vale Tudo, ganhava muito pouco, R$ 40 mil, enquanto as outras (protagonistas) recebiam R$ 80 mil.”  (Revela sobre a sua trajetória profissional)

 

“A atitude deles [do PT] é de desprezo pelas ‘elite’. Pode colocar sem o ‘s’ mesmo”. “A primeira vez em que ouvi falar do PT foi em um jantar na casa do Celso Lafer. O FHC nos falou da formação do partido, e eu me lembro de a gente ter ficado muito entusiasmado.” (Sobre o momento político atual)

 

“Canso facilmente hoje em dia. E não tenho vontade de fazer.” (Referente ao seu último ato no teatro).

 

A publicação, editada pelo Grupo Glamurama, estará nas bancas de todo o Brasil a partir do dia 15 de abril.

 

Para mais informações, acesse www.glamurama.com.br

 

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