Sushiman – Sushi para elas

Postado em 24 de fevereiro de 2019

 

Conquistar o exigente paladar dos europeus e brasileiros com a cozinha japonesa não é uma tarefa fácil. O brasileiro Johnny Keep, 36 anos, alcançou este objetivo. Ele vive em Portugal há mais 10 anos e hoje possui o restaurante Unique Sushi Lab, de comida japonesa, em Lisboa.

 

Fotos: Divulgação | CO Assessoria

 

O projeto para iniciar a construção do Unique Sushi Lab surgiu em 2003, na primeira vez que Johnny viajou para a Europa. Formado em Jornalismo e pouco contente com a profissão, ele, que já tinha certo interesse na arte gastrônoma, decidiu realizar um curso de sushiman em São Paulo, logo após o término da sua graduação. “Na época, não imaginava trabalhar com o sushi“.

 

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O Chef garante que não trabalha com misturas consideradas “vulgar” no sushi, em respeito aos japoneses. “Nossa ideia é mesclar o oriente e ocidente com a parte de trufas, ovos de codornas, foie gras justamente para ter um balanço diferente dessa linha de sushi que tem hoje“.

 

     

Quando chegou em Lisboa, o chef conquistou a sua primeira experiência em um restaurante pequeno que fazia sushi na região. Foi então que conseguiu outro trabalho em um restaurante mais badalado da cidade. “Nessa época as pessoas não conheciam o sushi muito bem, então era tudo mais aceito“.

 

Hoje o restaurante é um dos mais bem avaliados ­­pelo Trip Advisor, em Lisboa. Em São Paulo, no ano de 2013, antes de seguir carreira na Europa, Johnny já inaugurou o seu primeiro restaurante chamado MYSTH Sushi Gourmet. Aberto por um ano com uma linha europeia, o negócio perdeu para a onda de rodízio oferecido por outros restaurantes paulistas.

 

Nosso sushi tem uma delicadeza e ao mesmo tempo ele é o tradicional“, completa. Até o tamanho das peças do sushi são pensadas na mulher comendo. “Fazemos peça menores para caber na boca da pessoa, para não ficar com a boca cheia de arroz, e sim algo mais delica­ado e fino“.

 

    

Em relação ao preconceito de ser um brasileiro fazendo sushis, ele revela que nem sempre o seu trabalho é bem visto de primeira. “Aos clientes que chegam, principalmente os japoneses, ficam com preconceito quando sabe que não sou japonês, mas depois que experimentam o cardápio, vão até o balcão, olham, acenam a cabeça e saem felizes“.

 

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