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Entrevista com Margarette Balogh

Há 16 anos Margarette Eugênia Pinto Balogh e Filomena Balog comandam a Farkas Modas, que oferece uma moda diferenciada que vai do PP ao EXG. Conhecem o gosto das clientes e procuram manter o padrão de qualidade no atendimento, algo que têm como diferencial.

 

Como surgiu a Farkas Modas?

 

Margarette Eugênia Pinto Balogh – A Farkas Modas surgiu como uma opção do mercado da moda no Alto Tietê. Eu, e Filomena Balog – minha sócia – trabalhamos com o objetivo de atender as necessidades dos clientes, ser referência em moda e proporcionar um ambiente aconchegante, para isso passamos por várias reformas e ampliações para melhor atender todos e atualmente contamos com estacionamento ao lado da loja.

 

 

O que significa Farkas?

 

Margarette – Farkas é nome de família e significa lobo em húngaro.

 

 

Há quantos anos estão no mercado?

 

Margarette – Já estamos há mais de 16 anos.

 

 

Qual o público que atendem?

 

Margarette – Atendemos um público variado, com uma moda clássica, versátil, teens, social e dia a dia, do tamanho PP ao EXG. Vestimos todos os tipos de mulheres.

 

 

A moda é cíclica. Com 16 anos no mercado já devem ter visto quase tudo. O que viram, usaram e está de volta no mercado?

 

Margarette – Durante todos estes anos, trabalhando com moda, já vimos quase tudo mesmo. A cada ano, surgem looks, que fazem referências à modelagem já usadas em décadas passadas e aparecem em novos contextos e conceitos. Às vezes parece que só a nomenclatura muda como no caso da calça fuseau (que pronunciava fusô) e a calça legging, mas na verdade há a inserção de diferentes tecidos, estrutura e modelagem mais adequadas à mulher contemporânea. Hoje a moda nos permite tudo, temos a liberdade de escolha do que mais nos agrada como: calça cintura alta, média ou baixa, skinny, cigarrete, boca de sino, pantalona, saia mini/curta/longa. A roupa demonstra personalidade e estilo, mas, mais do que isso ela forma identidade.

 

 

Venderiam algo que não usariam ou que não gostem?

 

Margarette – Procuramos comprar sempre peças dentro das tendências e que nos agradem. Como trabalhamos com tamanhos e estilos diferentes, nem sempre podemos usar tudo o que compramos, mas só usamos roupas da Farkas de acordo com o nosso estilo e tamanho, tanto no dia a dia como no social.

 

 

As mulheres são mesmo as mais consumistas?

 

Margarette – Hoje em dia as mulheres são consideradas mais consumistas, mas na verdade elas são mais independentes e exigentes. Procuram grifes de qualidade, com bom acabamento, confortáveis e práticas para o seu dia a dia. Porque são independentes e gostam de estar bem vestidas e na moda, acabam consumindo mais.

 

 

Quais as grifes que oferecem na Farkas?

 

Margarette – Trabalhamos com várias grifes: Seiki, Cotton Colors, Padronagem, Malharia Nacional, Kanton, White Color, Muito Mais, Anjo Rosa, entre outras.

 

 

E quando a cliente quer uma roupa menor que o seu tamanho com fazer?

 

Margarette – Nesse caso explicamos para a cliente que não existe um padrão oficial para o tamanho das roupas, como acontece com a numeração dos calçados. Mostramos para a cliente que muitas vezes o tamanho não regula: às vezes o G de determinada grife é menor que o P de outra, ficando a critério dela a decisão da compra.

 

 

Qual o diferencial da Farkas?

 

Margarette – O diferencial da nossa loja é o atendimento personalizado com uma equipe preparada para atender as clientes individualmente, sugerindo peças e acessórios, sempre respeitando a personalidade e o estilo de cada uma. E ainda trabalhamos com tamanhos grandes, numa moda mais jovem que valoriza a identidade feminina.

 

 

JOGO RÁPIDO

 

Um lugar
Minha Casa

Um filme
Quem quer ser um Milionário

Uma música
Emoções

Um momento
Nascimento dos meus filhos

Deus
O que me fortalece

Família
Proteção

Uma mulher
Minha mãe

Um homem
Meu marido, Sergio Luiz

 

Fotos: Eduardo Romano

Entrevista com Jânio Chromeck

Formado em marketing e com experiência no atendimento corporativo o desafio falou mais alto e optou por um negócio próprio, onde pudesse administrar. Escolheu uma área onde nunca havia trabalhado e trouxe para Suzano o CNA, uma conceituada escola de idiomas.

 

 

 

Como surgiu o CNA de Suzano?

Jânio Chromeck da Silva – O CNA de Suzano surgiu como resposta a um antigo desafio pessoal: “Seria eu capaz de administrar um negocio próprio?” Apesar de vasta experiência profissional no atendimento a clientes corporativos e formação acadêmica na área de marketing, administrar um negocio próprio numa área que eu nunca tinha trabalhado e numa nova cidade era um desafio ainda maior do que eu sonhava.

 

 

Já conhecia a rede quando optou por ela?

Jânio – Sabíamos da tradição da marca CNA no mercado. Quando estudamos a fundo o sistema de franquias e decidimos o ramo, concluímos ser o CNA a franquia que melhor atenderia nossas expectativas em termos de custo/benefício.

 

 

Há quantos anos estão em Suzano?

Jânio – Há sete anos o CNA foi inaugurado no endereço atual.

 

 

Quais os cursos que oferecem?

Jânio – O CNA oferece cursos de espanhol e inglês para crianças, adolescente e adultos, chamados Cursos Regulares. Também oferece cursos especiais de inglês (Business Master) e espanhol (Español para Negócios) para quem já domina o idioma e cursos preparatórios para quem vai prestar exames para certificações internacionais como o TOEFL e FCE, além de ser, ele próprio (exclusivo no Bra sil) o Centro Aplicador do ELSA, um dos testes de proficiência mais aceitos pelas universidades internacionais e departamentos de recursos humanos.

 

 

E os novos cursos?

Jânio – O que tem polarizado as atenções na mídia e no mercado em geral são os novos cursos lançados pelo CNA, de curta duração, para atender principalmente a demanda daqueles que trabalham ou pretendem uma vaga no mercado aberto pelos adventos da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016: O CNA FAST (curso intensivo de inglês com duração de 15 meses) e o CNA Hello (curso básico de apenas um semestre voltado para quem atua na área de turismo receptivo e se relaciona com clientes estrangeiros como recepcionistas de hotéis, garçons, taxistas, etc.).

 

 

Como conseguem envolver as crianças neste aprendizado?

Jânio – Baseado na metodologia comunicativa, de forma lúdica, utilizando material didático exclusivo e atividades extracurriculares que despertam o interesse e o aprendizado do aluno através de jogos, brincadeiras e muita criatividade.

 

 

E os adolescentes?

Jânio – Além do material exclusivo que visa dar ênfase à língua inglesa como comunicação (um livro do aluno que contém um livro de atividades cheio de jogos e brincadeiras e um CD de áudio) o curso leva ao aluno conceitos e princípios que promovem o uso do inglês de forma natural e possibilitam a interação social e a facilidade efetiva de expressar suas emoções, intenções e sentimentos. O aluno também conta com Web Lessons, atividades online para estudar quando, onde e a hora que quiser, acessando o exclusivo CNA Net, o portal do aluno.

 

 

Os cursos avançados como funcionam?

Jânio – Como toda a estrutura de cursos do CNA, baseados na metodologia comunicativa, oferece material exclusivo composto de livro do aluno (para uso em sala de aula), livro de atividades, cd de áudio e vídeo para laboratório ou estudo em casa. Os livros oferecem flexibilidade em sala de aula e espaço para criatividade, estimulando a participação e encorajando discussões em grupo, preparando o aluno para falar com fluência e solidificar os conhecimentos adquiridos.

 

 

Quanto tempo demora a ter fluência em um idioma?

Jânio – No CNA o aluno fala o idioma desde a primeira aula, porém a fluência vai depender do tipo de curso escolhido pelo aluno. Os cursos regulares possuem carga horária semanal menor, portanto são mais extensos. Cursos rápidos como o FAST e os Intensivos possuem carga horária semanal maior e conseqüentemente maior volume de conteúdo é apresentado no mesmo período. Além de tudo, a dedicação e a assiduidade do aluno também são preponderantes na avaliação dos resultados obtidos.

 

 

Os cursos com nativos costumam ser mais procurados?

Jânio – Raramente alguém nos visita procurando um curso com nativo. Também empregamos professores nativos, mas o CNA não possui cursos específicos nesse sentido, já que a metodologia empregada prioriza a competência individual para a transmissão do conhecimento.

 

 

Qual a melhor idade para iniciar o aprendizado de outro idioma?

Jânio – O CNA possui cursos para crianças a partir dos 5 anos de idade, porem é possível começar com qualquer idade (oferecemos inclusive turmas especificas para a melhor idade).

 

 

 

Jogo Rápido

Um lugar

 Minha casa

Um filme

Blade Runner (Ridley Scott)

Uma música 

Love in Vain (Robert Johnson)

Um momento 

Agora

Deus

Mistério

Família

Base

Uma mulher

Minha mãe

Um homem

Qualquer um que mereça ser assim chamado

 

 

Fotos: Eduardo Romano

 

Entrevista com Marcelo – Chaçaria Água Doce

Começou sua trajetória como garçom, em Guaratinguetá, na Água Doce Cachaçaria. Rapidamente passou a ser barman e gerente de uma casa da rede Água Doce, em Osasco. Formou-se Técnico Hoteleiro e Administração de Hotel. Sua determinação rendeu-lhe o convite para compor a equipe interna da rede e assim passou a auditar todas as casas. Foi quando detectou que a casa de Suzano estava fora dos padrões. Com a desistência do antigo proprietário, o dono da rede ofereceu-lhe a casa suzanense, que virou “point” dos descolados de bom gosto.

 

Iniciou sua trajetória como garçom na rede Água Doce? Fale sobre isso?

Marcelo Eduardo de Faria Oliveira – Comecei em 1999 em Guaratinguetá, interior de São Paulo. E fiquei sabendo que estavam montando uma equipe em Osasco para uma inauguração, sem pensar duas vezes me inscrevi e fui selecionado. Foi nesta casa de Osasco que começou minha trajetória. Fui garçom, barman e de repente gerente, e com minha pouca experiência mais muita vontade de crescer na rede Água Doce, fiz muitos contatos.

 

Logo passou a gerenciar a casa? 

Marcelo – Foi tudo muito rápido. Rapidamente eu estava à frente de outras casas como Moema, Vila Madalena, Jahu. Foi quando veio a proposta do franqueador para me juntar a equipe interna da rede.

 

Como surgiu a oportunidade de vir para Suzano como proprietário de uma loja da rede? 

Marcelo – Quando o franqueador me chamou para equipe interna, era basicamente fazer auditoria da rede, ou seja, as casas que estavam fora do padrão da rede Água Doce. Viajei por varias lojas da rede e Suzano foi marcada para ser a última do ano. No dia 17/12/2009 cheguei à cidade de Suzano. E logo vi que a casa de Suzano não estava nem perto dos padrões da rede. E foi feita a notificação para a central que por sua vez fez a notificação ao antigo proprietário que abriu mão, pois não tinha condições financeiras para investir em uma reforma tão necessária. Foi quando o franqueador me ofereceu a oportunidade de ser o proprietário, e como era algo que eu já estava em busca há muito tempo, não pensei duas vezes.

 

Qual o diferencial da casa de Suzano? 

Marcelo – Hoje á Água Doce Suzano está dentro de todas as normas da rede, e, além disso, estamos sempre nos adaptando à cidade.

 

A cachaça é muito apreciada? 

Marcelo – Hoje o Brasil tem orgulho de ter a cachaça como seu produto oficial. Ou seja, só o Brasil produz cachaça, e com isso caiu muito o mito que a nossa cachaça é um produto de baixa qualidade, já que muitos países buscam no Brasil a cachaça para ser apreciada em seus banquetes.

 
Fale sobre a diferença da cachaça e da tão falada pinga? 

Marcelo – A cachaça é um produto todo artesanal, desde a plantação até a colheita da cana-de-açúcar, e com isso se torna um produto com pouca química que se reflete diretamente na qualidade e principalmente no dia seguinte. A cachaça tem que ter um descanso mínimo de seis meses para ser considerada uma cachaça. E a pinga é totalmente industrial, ou seja, a cana que é colhida hoje, às 8 horas e por volta das 14 horas já está engarrafada por conta das químicas utilizadas.

 

O que mais oferece no restaurante? Posso chamar a Água Doce de restaurante?

Marcelo – Sim, é um restaurante de comida típica brasileira, com vasto cardápio, que conta com mais de 80 tipos de pratos, desde o feijão tropeiro (verdadeiro) até pratos a base de filet mignon e picanha. E ainda temos saladas e porções diversas, que são servidas como aperitivos para os frequentadores da casa, que gostam de uma happy-hour bem formatada.

 

Estes escondidinhos são famosos e agradam muito a todos os paladares. Fale deles. 

Marcelo – Os escondidinhos… estes são a maior joia da rede Água Doce. Criados a partir de pratos do nordeste. Com base na mandioca e na carne de sol. A rede Água Doce tem a receita desde sua inauguração, que foi em 1992 em Tupã, interior de São Paulo. Hoje com várias opções de recheios, o mais famoso é o de carne de sol sem dúvida alguma. Este prato sim tem o sabor do Brasil.

 

Só abre para almoço aos domingos. Por quê? 

Marcelo – Sim, só aos domingos (hoje temos almoço). Está muito difícil para montar boas equipes, e com isso ficamos sem mão de obra, para ter duas jornadas. Então priorizamos o atendimento noturno com muita qualidade para atender muito bem os nossos clientes e os almoços de domingo que também servem como confraternizações familiares.

 

Um lugar 
Suzano

Um filme 
Marley e Eu

Uma música 
Hoje a noite não tem luar

Um momento 
Nascimento de minhas filhas

Deus
Tudo

Família
Primordial

Uma mulher
Minha mãe

Um homem
Meu pai

 

Fotos: Eduardo Romano

 

Entrevista com Suami Paula de Azevedo

 

É formado em direito (PUC-SP/UBC), letras (Bacharelado – Sorbonne/França e Licenciatura – USP), e pedagogia, (FCLRP). Possui os seguintes títulos acadêmicos: Mestrado e Diploma de Doutorado, em Linguística (Sorbonne) e outro Mestrado em Semiótica (UBC). Autor dos livros “Suzano Estrada Real”, “O Povo Mirambava” e “Retratos de Suzano”, “Páginas e Paisagens”, “Escapando das Brumas da Manhã”, “Pelo Caminho com o Vento” e “Palavras à Poesia”/“Sobre a Pele” e “Aprendiz de Encantamento” (pré-lançamento). Na área de educação: “Ética Profissional no Magistério” / “Legislação para Educadores”, e “Gerar Educação”. Em Estudos Literários – “Rigorosa Arquitetura” (França, Brasil e Portugal). Em Semiótica – “Estudos Semióticos” e “Questões de Política Cultural”. Com edições restritas ele tem – “História de Ferraz de Vasconcelos”, “A Santa Casa de Misericórdia de Suzano”, “A Gestão Educacional – do Sistema à Sala de Aula” e “Breve Cronologia da Literatura Brasileira”. Nos anos 70 teve que deixar o Brasil por combater a ditadura militar. Casou-se com a Cristiane Domschke e foram para a Europa (França).

 

Como surgiu a ideia do livro Questões de Políticas Culturais?

Suami Paula de Azevedo – Quem trabalha na área de Cultura, faz curso para saber sobre políticas públicas e gestão da área. Fiz esse curso, que propus aqui para a Secretaria de Estado da Cultura. No Governo Montoro, que foi meu professor na PUC, fui chamado para dar esse curso no estado (1983). De lá aqui desenvolvi ideias a respeito em cursos e palestras. Em 1977, quando voltei ao Brasil, ajudei a estruturar a Biblioteca Municipal de Suzano (que não havia) na primeira administração de Estevam Galvão. Estabeleci alguns planos na área. Reuni responsáveis por cultura da região, da Grande São Paulo, e de várias partes do estado, em Suzano (o atual prefeito de Ribeirão Pires, Clovis Volpi, participou). Intercambiávamos ações. Até que o secretário de Estado (Max Feffer) me chamou para fazermos algo em conjunto. Mas tive de deixar a prefeitura por razões econômicas, lecionava em faculdades, já tinha um filho (Rodrigo) e ia receber uma nova filha (Juliana). Algo disso está reunido neste livro. Também porque ainda se discute a razão da ação cultural não resultar, o mesmo de há 40 anos. Ainda não se forma agentes culturais (gestores, animadores, produtores) e, principalmente, público. Sem isso não há políticas públicas consequentes, só se faz ações publicas “eventuais”, em cima de eventos, sem continuidade. E isso pode ser melhorado.

 

Como vê a cultura na cidade?

Suami – Suzano não foge à regra nacional. Nos últimos anos houve investimento em espaços e ações tópicas. Falta ainda em formação e em fatores de continuidade. Com o enorme empobrecimento da sociedade suzanense, com baixa formação e com um desemprego em nível da Espanha de hoje em crise, a demanda por ação cultural pode resultar somente nos produtos de consumo impostos pela indústria cultural, das mídias, que só cobra retorno em dinheiro. A nossa classe média nada cobra aqui, talvez sinta não ser ouvida, e vai a outros locais, São Paulo, Mogi etc. Há bem mais por fazer.

 

Porque a cultura ainda não tem o devido valor?

Suami – A ação cultural, especialmente a pública, muitas vezes é considerada um marketing para governantes. Ou ficam nos eventos de cultura pop ou é tida como coisa de elite ou coisa ideológica. Se começarmos a trabalhar desde a formação das crianças com as artes e a história estabeleceremos a base para a formação de futuros artistas e, principalmente, público, para as artes e as manifestações culturais em geral. E, claro, sem bons gestores a coisa quase sempre fica aquém do necessário ou até do esperado por alguns. Se isso não for ensinado, não será aprendido, não será assumido, não será demandado.

 

A Maçonaria foi um mistério durante décadas. Por quê?

Suami – A Maçonaria é uma Ordem muito antiga, desde os construtores de templo da Antiguidade e Ordens de Cavalaria Medievais. “maçom” vem do francês, significa pedreiro. Foi muito perseguida, veja-se a Inquisição, o Nazismo. Ela sempre lutou por três princípios, Liberdade, Igualdade e Fraternidade, para que os homens fossem livres, pudessem escolher, se sentissem iguais, sem preconceitos, com direitos e deveres, se solidarizassem, colaborassem como irmãos. Os autoritários não gostam disso. Precisou esconder-se. Mas hoje, não existem mais organizações secretas, a internet mostra tudo, a Maçonaria é apenas discreta. Por vezes há reuniões públicas em Loja.

 

Em Suzano são cerca de 120 maçons. Qual é a sua missão?

Suami – A Maçonaria é uma grande escola. Ela busca tornar a humanidade melhor. Os maçons reúnem-se para estudar, todos os assuntos, o que possa melhorar as condições ao ser humano. Ela estuda da astrologia à astronomia, da física à metafísica, a política como a diplomacia. Os locais onde se reúnem como no tempo dos aprendizes ou mestres construtores de templo são chamados de oficinas, as Lojas. No mundo os maçons atuam em diversas áreas, de modo discreto. Eles fizeram a independência americana, a Revolução Francesa. No Brasil os maçons lideraram a nossa independência, a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República. Os maçons são escolhidos entre homens que realizam na sociedade, que mostram querer saber mais e fazer mais. Assim, não importa o número, importa, sim, a qualidade da atitude deles.

 

Fale do Instituto Maçônico de Cultura “Acácia Dourada”.

Suami – Aqui, modestamente, maçons propuseram a constituição de uma instituição que pudesse atender situações de demanda nas áreas de cultura, educação, saúde, por exemplo. Esse posicionamento visa contribuir para melhorar as condições da gente da cidade que precisa, sob vários aspectos, de resultados concretos nessas áreas. A “Acácia” vai buscar recursos para as atividades que finalmente se propuser. E este livro “Questões de Política Cultural”, que agora cedemos os direitos autorais, tem na sua venda um meio para alcançar recursos na sua pretensão.

 

Como professor e diretor, acredita que a educação pode melhorar?

Suami – Tenho essa convicção. No sábado, 1º de setembro, a Escola Estadual Dr. Morato de Oliveira, que dirijo desde 1998, completa 50 anos de fundação, sendo criada como 3º Grupo Escolar de Suzano, na Vila Amorim. Ao assumir, já lecionava Gestão Educacional, tendo passado por todos os cargos de magistério da rede estadual, sabia que aquela era uma escola pública em situação precária, com pessoal em baixa autoestima, sem bons resultados, fisicamente frágil, pichada gravemente. Propus um projeto, nada radical e com o tempo fomos chegando a bons aproveitamentos dos alunos. Há dez anos ela tem os melhores resultados da cidade e do Alto Tietê. Só queria demonstrar que com uma boa gestão democrática participativa, uma boa equipe e uma liderança positiva, sob um projeto pedagógico objetivo e apoio da comunidade, qualquer escola pública pode chegar aos melhores resultados. Conseguimos. Foi reconhecido pelo Laboratório de Gestão Educacional, da UNICAMP, e exposto como estudo de caso num mestrado que desenvolvemos. Precisamos claro, preparar os gestores educacionais, os professores e funcionários, como de mais autonomia escolar: administrativa, financeira e pedagógica.

 

Fale dos seus livros.

Suami – Tenho orgulho de ter publicado os primeiros estudos históricos de Suzano. Nossa gente precisa saber dessa história. Tenho livros ainda inéditos em várias áreas, mas devagar, vou publicá-los. Para setembro gostaria de lançar meu livro de poesia mais arrojado, sofisticado e simples: “Aprendiz de Encantamento – 101 Olhares Poéticos”, para o qual ainda procuro patrocínio (apoio cultural). Será de alta qualidade gráfica, papel couchet, ilustrado pelo artista da fotografia Carlos Magno. Este espaço aqui já pode me ajudar muito. Tem gente que quer qualidade na região. Em outubro, se tudo correr bem publico um livro universitário, “Estudos Semióticos”, em homenagem ao falecido amigo e mestre semioticista brasileiro Cidmar Teodoro Pais. Se encontrar apoio gostaria de publicar um livro com crônicas desses 30 anos no DS.

 

E a Mirambava Editora? Qualquer um pode ter um livro editado por ela?

Suami – Exatamente, é uma editora de demanda. A pessoa contrata os nossos serviços e produzimos graficamente o livro para ela, com registro autoral, código de barras (ISBN), revisão etc. Ela será dona do seu livro, o que vender é inteiramente dela. Numa editora comum o autor cede os direitos e o que vender é da editora que define o que vai pagar ao autor. Estamos à disposição dos autores para qualquer pedido de orçamento (suamiazevedo@uol.com.br).

 

Qual o seu próximo projeto?

Suami – Tenho muitos projetos. Sempre fui cheio de sonhos, você sabe disso, e busco realizá-los. Já me aposentei da universidade e no ano que vem poderei me aposentar da educação básica. Como artista devo me dedicar mais à poesia, que me deu felicidades. Lembro de você presente quando recebi o 1º lugar do maior prêmio do Estado de São Paulo, o Mapa Cultural de Poesia em 1996. Quero escrever mais poemas. Quero gravar a minha leitura de poemas. Quero fazer mais palestras para todos os públicos. Enfim, gostaria também, claro, de contribuir e ver a minha Suzano revalorizada, que seu próximo prefeito investisse, especialmente, no conhecimento da história da cidade. Sem isso não se terá um povo que conheça, ame, respeite e preserve a cidade.

 

JOGO RÁPIDO


Um lugar

Suzano

Um filme

“Meia Noite em Paris”

Uma música

“Força Estranha”

Um momento

Nascimentos (filhos Rodrigo, na França, e Juliana, em Suzano)

Deus

Superioridade

Família

Fundamento

Uma mulher

Cristiane (esposa)

Um homem

Papai (José Ribamar de Azevedo)

 

Fotos: Eduardo Romano

Entrevista | Jaque Vanilla

Foi na Igreja Batista Missionária de Ferraz de Vasconcelos que Jaque Vanilla encontrou o caminho para executar sua grande paixão, a música. Encontrou na palavra do Senhor a solução para reativar seu casamento e também produzir seu primeiro CD, intitulado “Novo Tempo”, que será lançado até o final deste ano.

 

Por que música gospel?

Jaque Vanilla – Por que acredito e sigo a Jesus Cristo. Por isso somente cantarei músicas que falem de seu amor e sua verdade.

Era seu sonho de criança, ser cantora?

Jaque – Sim, desde os 11 anos. Mas não tinha a rotina de canto em minha vida. Era um desejo que fui amadurecendo com o tempo e comecei a buscar aprimorar esse dom em mim. Insisti em oração para que a promessa do Senhor viesse a se cumprir.

Decidiu estudar música agora. Por quê?

Jaque – Para aperfeiçoar o talento que Deus me deu, quero dedicar sempre o meu melhor. É importante para saber lidar com a voz, aprender técnicas vocais que vão me ajudar na carreira.

Quais são seus ídolos? De quem sofre influência?

Jaque – Sofro influência de algumas
cantoras que gosto muito: Aline Barros, Fernanda Brum, Kim Walker, Daniela Araujo e Kari Jobe.

Ficou entre as primeiras colocadas em um concurso gospel. Como foi isso para você?

Jaque – Mais um grande aprendizado, foi um canal para me incentivar ainda mais em ter minhas próprias músicas e meu CD, pois cantei apenas com playback de outros cantores. Hoje já tenho músicas próprias. Fui convidada a participar do concurso novamente este ano e vou me apresentar com músicas autorais.

Quem compõe suas músicas?

Jaque – Eu e meu esposo Glenn Freitas.

Esta parceria entre você e seu esposo, o músico Glenn Freitas, surgiu antes ou depois do casamento?

Jaque – Muito antes de nos casarmos. Quando o conheci, ele já sabia que eu cantava e ele era integrante da Banda Mensageiros Reggae Music, onde ele era contrabaixista. Daí surgiu uma nova história. O Glenn é um parceiro em tudo, apoiador e presente em tudo o que faço, sem ele este projeto não existiria, ele é meu músico, assessor, empresário, amigo, incentivador. De uma coisa eu sei se pedires com fé o Senhor te dará, eu pedi um marido músico, bonito e de olhos verdes e o Senhor me deu (risos). Tenho esta frase comigo: “Deus não une pessoas, une propósitos!”

O seu CD é independente e será lançado até o final deste ano. Fale um pouco dele.

Jaque – Este CD “Novo Tempo” é meu primeiro trabalho. Sempre foi meu sonho. Sabia que um dia se realizaria, quando eu e o Glenn demos o passo de fechar o contrato com o produtor André Fortunato, grande amigo e irmão da mesma igreja, tínhamos apenas três músicas e este ato foi o “chamariz” para a composição das demais músicas deste trabalho. Estou amando o decorrer da criação e produção deste CD. Tenho aprendido muito e de fato é um novo tempo para mim.

Por que “Novo Tempo”? 

Jaque – Meses antes de fecharmos o contrato do CD, já vinha orando a Deus pelo nome, foi quando vi um livro de assinatura do Glenn e o nome dele era “Um Novo Tempo”, ali senti fortemente que este deveria ser o nome do CD. Não havia entendido o porquê, mas depois de um período em que me separei do meu esposo e o Senhor restaurou meu casamento, todas as peças se encaixaram e não teria outro nome melhor.

Já sabe onde e quando será o lançamento?

Jaque – Ainda não, mas temos a previsão para o final do ano, até lá o Senhor preparará o lugar ideal, não deixaremos de comunicar a todos.

Onde pretende chegar com este CD?

Jaque – O meu sonho é percorrer todo este Estado, alcançar os outros menos atingidos pelo Evangelho e até outros países, servindo como canal de restauração de inúmeras vidas e famílias que necessitam de Cristo.

Jogo Rápido

Um lugar 
Porto de Galinhas – PE

Um filme
Paixão de Cristo

Uma música
Where You Go I Go – Jesus Culture

Um momento 
Meu Casamento

Família
Abaixo de Deus, tudo.

Uma mulher
Minha Mãe

Um homem
Não poderia ser outro além de Jesus

 

Fotos: Eduardo Romano

Entrevista com Roberto Pestana

 

Advogado e administrador de empresas por formação abandonou a carreira para ser um franqueado da Rede McDonald’s, que é a maior rede de refeições rápidas do mundo. Ele tem hoje quatro lojas no Alto Tietê e em breve inaugura a quinta loja, na cidade de Poá com a possibilidade de mais lojas na região.

 

Qual sua formação?

Roberto Freire Cesar Pestana – Sou formado em direito e administração de empresas pela Universidade Mackenzie. Fui sócio de um escritório de advocacia durante 12 anos antes de me tornar um franqueado McDonald´s.

 

Paralelamente atua em outra área?

Roberto – Atuo exclusivamente nas franquias McDonald´s, tendo me desligado do escritório na fase de treinamento. Dedicação em tempo integral ao negócio é um dos fatores de sucesso da marca e uma exigência do franqueador no contrato de franquia.

 

Quando resolveu ingressar como franqueado do McDonald’s a franquia já estava em forte crescimento. Como foi?

Roberto – Foi no ano de 1995, e a rede já contava com cerca de 160 unidades. Visitei uma feira de franquia no shopping SP Market em junho daquele ano, preenchi uma ficha de interesse, várias entrevistas depois e três dias de teste prático numa unidade, processo que levou seis meses, fui aprovado para iniciar a fase de treinamento que levou 11 meses. Inauguramos a loja do Mogi Shopping em novembro de 1996.

 

O que diferencia o Mc de outras redes?

Roberto – O McDonald´s é a maior rede de refeições rápidas do mundo, com mais de 33 mil unidades, sendo 700 no Brasil. Isso permite uma boa negociação com fornecedores de equipamentos e matéria prima. Além de pesados investimentos em treinamento das equipes, através das Universidades do Hamburguer espalhadas pelo mundo. Na América Latina temos uma em Barueri, no bairro de Alphaville.

 

Quais as exigências para se abrir uma loja da rede em uma cidade?

Roberto – Cidades cada vez menores vêm sendo contempladas com unidades da rede. Naturalmente o processo de crescimento visa atingir o maior número de municípios possíveis, com viabilidade para possuir um restaurante da marca. Estudos são feitos para analisar o potencial de cada mercado.

 

Dizem que os investimentos são altíssimos para se obter uma franquia? São mesmo?

Roberto – Os investimentos são compartilhados entre o franqueador e o franqueado. Desta forma o negócio se torna viável para ambas as partes. Hoje muitos equipamentos já são produzidos no Brasil, outros tantos estão sendo nacionalizados. Utilizamos todo o material e mão de obra nacionais para a construção das unidades.

 

Você tem hoje uma loja em Mogi das Cruzes, duas em Suzano, uma em Bertioga e está abrindo outra em Poá. Tem espaço para mais? Onde será?

Roberto – Temos planos para a abertura de novas unidades, seja em Mogi, bem como em outros municípios da região do Alto Tietê. Alguns pontos já estão em negociação pelo franqueador, que é o único responsável pela prospecção e fechamento do ponto dos novos restaurantes. O McDia Feliz tornou-se um grande evento.

 

Como funciona?

Roberto – Desde 1988 o Brasil realiza o McDia Feliz. Hoje é o recordista mundial em arrecadação para a causa do câncer infanto-juvenil. Toda a renda com a venda do big mac, seja avuslo ou combinado com outros produtos, é doada, deduzido os impostos incidentes. (ICMS, PIS e COFINS). Ano passado foram vendidos mais de 1,5 milhões de big mac’s, arrecadando mais de R$17 milhões e beneficiando mais de 50 diferentes instituições.

 

Para onde vai toda renda arrecadada?

Roberto – Em Mogi das Cruzes a verba vai para a Rede Feminina de Combate ao Câncer “Guiomar Pinheiro Franco”, que tem aprovado junto ao Instituto Ronald McDonald o “Projeto Algodão Doce”, que visa sustentar o “trenzinho leva e traz”, que é o transporte através de um veículo (ad-quirido com verbas de campanhas passadas) das crianças em tratamento no Hospital Santa Marcelina e no TUCCA. Em Bertioga o recurso vai para a pediatria oncológica da Santa Casa de Santos. Em Suzano as duas unidades vão colaborar com a Rede Feminina de Combate ao Câncer “Esther Hidalgo Leite Rondinelli” para a construção da casa de apoio do TUCCA, em São Paulo.

 

O Governo do Estado abriu mão dos impostos. Porque o Governo Federal não abre?

Roberto – O Governo do Estado de São Paulo tem concedido anualmente, através de decreto-lei, a isenção do ICMS relativo ao big mac no dia do evento, o que aumentou o valor doado às instituições. O Governo Federal não concede isenção de seus tributos, talvez em razão da complexidade para fazer o mesmo, uma vez que a mecânica de apuração dos tributos é diferente. Este ano a Rede Feminina de Combate ao Câncer “Esther Hidalgo Leite Rondinelli” de Suzano voltou a atuar no McDia Feliz, em parceria com a TUCCA.

 

Como vai ser isto?

Roberto – Ficamos muito felizes com a participação da Rede no próximo evento. O TUCCA esta para iniciar a construção de uma casa de apoio para hospedar as crianças e suas famílias durante a fase de tratamento, o que minimiza o sofrimento com o transporte e garante a presença durante essa importante e fundamental fase para o sucesso do procedimento médico empregado, o que aumenta as chances de cura, que hoje já atinge a casa dos 80% (eram 30% quando o McDia Feliz começou em 1988).

 

 

Jogo Rápido

 

– Um lugar
Campos do Jordão

– Um filme
Irmãos Cara de Pau

– Uma música
Somewhere in Time

– Um momento
Nascimento do meu filho Guilherme

– Deus
Presente em tudo que faço

– Família
A melhor companhia

– Uma mulher
Professora Guiomar Pinheiro Franco, que tive a honra de conhecer pessoalmente nos primeiros McDia Felizes de Mogi

– Um homem
Meu avô, Enéas Pestana

 

Fotos: Eduardo Romano

Entrevista com o ator Darlan Filé Júnior

De uma brincadeira no trem surgiu um grupo de teatro e as experiências no palco o levaram para fora do país. Depois de deixar a Troupe Parabolandos, Darlan Filé Júnior surge no cenário teatral suzanense com os FDP – Filhos da Pátria, que tem como pano de fundo a comédia.
 

Seu sonho de criança era ser ator?

Darlan Filé Júnior – Na verdade eu sempre quis ser artista, não sabia se seria ator, músico, escritor, no entanto me enveredei pelos três cantos, acabei sendo mais feliz com o ato por conta do meu trabalho de ator e a escrita com o meu blog do que com a música, mas componho algumas coisas e já tive muitas bandas. Toquei em festivais grandes, tenho um projeto que envolve a música que é “A Caixa”. O bacana é que hoje minha filha sem querer tem os mesmo traços e a mesma veia para arte, e ela com certeza vai ser mais feliz do que eu no quesito.

 

O que te levou para o teatro?

Darlan – Na escola Bartholomei do Jardim São José, uma amiga e um professor me convidaram para montar “A Pílula Falante” do Monteiro Lobato, depois que eu ganhei o prêmio de melhor música inédita do Bart Fest. Tinha 11 anos de idade e fui o único a ter coragem de apresentar uma música de própria autoria na escola. Em seguida me chamaram para a montagem. Eu fiz o Dr. Caramujo, daí não parei mais de me envolver nos eventos relacionados. Depois mudei para o Raul Brasil onde comecei a montagem de mais algumas peças como “Só o Faraó tem Alma” e “A Virgem Morta” com o Grupo Fabulatores, acabou que eu não atuei em nenhuma, mas os processos me fizeram muito bem, e me deram experiência demais por trabalhar com gente que já havia participado dos festivais estudantis.

 

Quem te inspira? Brecht? Stanislavisk?

Darlan – Stanislavisk com certeza, por que foi dele que mais me aproximei e consequentemente da técnica e tudo. As direções tanto das peças quanto dos curtas feitos, eram baseados na impressão dele sobre a interpretação.

 

Você foi um dos fundadores do Troupe Parabolandos. Como aconteceu?

Darlan – (Risos) História engraçada essa, o Rafa Marcondes havia me convidado para a produção de uma cantata de Natal em uma igreja, e indo fazer um show no Copam começamos a ensaiar o texto dentro do trem com os personagens Delartes, ao final do ensaio passamos um boné velho só de brincadeira e conseguimos pagar o figurino de praticamente a peça toda. Neste momento a Troupe passou a existir, montamos uma peça chamada “Cora & Ção” em 2005 e no ano seguinte fomos convidados a participar do Coletivo Cênico de Suzano com mais outros 14 grupos da cidade como Os Contadores de Mentira e o Teatro da Neura depois da estreia da febre “O Manicômio” a Troupe não parou mais.

 

Porque deixou a troupe?

Darlan – Tive vários motivos para deixar a Troupe. Um deles foi a falta de tempo para me aplicar a outras coisas como no futuro acadêmico e outras diferenças naturais que acabam acontecendo entre as pessoas.

 

Viveu fora do Brasil durante um tempo. Como foi?

Darlan – Cara, viver fora de casa é esquisito, é, ao mesmo tempo assustador e maravilhoso. As pessoas ficam curiosíssimas ao seu respeito, a respeito da sua cultura, a respeito da sua família e claro, a respeito de “como se diz tal coisa” em português. Muita gente pensa que a barreira linguística
é a maior de todas, eu discordo completamente disso, a barreira culinária é muito maior… (risos)

 

Onde levou sua arte? 

Darlan – Minha arte me levou para longe, bem longe, eu estive no Chile e no Uruguay. Cheguei lá através, primeiramente de Deus e de grandes amigos e depois por conta do trabalho que realizava junto a uma frente missionária da qual eu fazia parte, onde falamos dentre outras coisas sobre a relação da Arte e da Religião, sem aquelas aversões tanto seculares quanto dogmáticas a respeito das duas.

 

Você está à frente dos FDP – os Filhos da Pátria. Fale um pouco disso.

Darlan – Poxa, era para ser surpresa (risos). Bem na verdade eu e o Henrique Lemos estamos conduzindo isso. Os FDP é um projeto feito para fazer comédia, para fazer o povo rir mesmo, com as críticas ácidas que só a comédia possibilita e traz até humor gratuito, que muita gente julga e diz desnecessário. Os FDP além de um trabalho danado é feito para se divertir. É um grupo, um catado de gente.

 

Como surgiu os FDP?

Darlan – Os FDP surgiu de amigos conversando, assim como são todos os amigos conversando (risos). Surgiu da ideia de fazer a comédia pela comédia mesmo, e nossa intenção é atuar tanto no teatro (espaço físico) como também e principalmente em bares e botecos, já que estamos formatando o show/espetáculo em esquetes.
É difícil conseguir apoio?

 

Quem apóia a arte hoje em Suzano?

Darlan – É difícil quando se está começando, mas quando tem gente que conhece a sua carreira algumas portas se abrem, afinal foram seis anos trabalhando em muitos lugares com muita gente. Em Suzano nós vivemos uma primavera nas artes, onde tivemos incentivo de todos os lados, com um dos maiores orçamentos do país no setor alcançado pela gestão cultural. Alguns artistas foram mais favorecidos do que outros, não desmerecidamente porque trabalharam muito duro por tudo. Mas, além dos artistas que apóiam a própria arte, tem muita gente interessada neste momento. A gestão atual apóia muito e sempre apoiou, mas é difícil citar nomes a esta altura do campeonato sem parecer partidário ou militante. (risos)

 

Você vive da arte? 

Darlan – Sim e não, ela me move, me motiva, mas atualmente não é minha exclusividade. Eu trabalho hoje com análise de mídias sociais e comunicação, o que muita gente pensa que é diretamente arte, e tento conciliar meu tempo entre isso e aquilo na medida certa. Às vezes uma coisa te rouba mais que outra, mas no final tudo dá certo. Se não dá certo é por que não é o final ainda.

 

Onde pretende chegar com sua arte?

Darlan – Poxa, onde ela me levar. Eu tenho meus anseios aqui, de pegar o bonde que o cinema nacional está vivendo agora, mas quero deixar os outros projetos bem sólidos. A verdade é que a gente sonha, mas nunca tem certeza de onde isso vai dar.

 

Fotos: Eduardo Romano